Finlândia: Stubb vence e enfrenta Haavisto na 2.ª volta
Ex-primeiro-ministro conservador parte como favorito para o duelo com antigo chefe da diplomacia, a 11 de fevereiro.
Oex-primeiro-ministro conservador Alexander Stubb foi o mais votado na primeira volta das eleições presidenciais na Finlândia, mas ficou longe da maioria e terá que enfrentar o ex-chefe da diplomacia Pekka Haavisto na segunda volta, a 11 de fevereiro.
Stubb, líder do Partido da Coligação Nacional, obteve 27,1% dos votos e Haavisto, líder ecologista e candidato independente, garantiu 25,8%, segundo os resultados oficiais, quando estavam contados 99,1% dos votos. A participação foi 74,9%, sendo que houve um recorde no voto antecipado.
Na terceira posição ficou o ultranacionalista Jussi Halla-aho (19%), seguido do independente Olli Rehn (15,4%), ex-comissário europeu e atual governador do Banco da Finlândia. Nenhum outro candidato (havia nove no total) ultrapassou a barreira dos 5% dos votos no país de 5,5 milhões de habitantes.
O vencedor das eleições vai substituir no cargo, a 1 de março, o presidente Sauli Niinisto, impedido de se recandidatar após cumprir dois mandatos.
Alexander Stubb, 55 anos, que, tal como o Niinisto pertence ao Partido da Coligação Nacional, beneficia de uma larga carreira política – foi eurodeputado, ocupou três pastas ministeriais, incluindo Negócios Estrangeiros, chefiou o Governo entre 2014 e 2015, candidatou-se à presidência da Comissão Europeia (quando Ursula Von der Leyen foi escolhida) e à liderança do Partido
Popular Europeu e foi vice-presidente do Banco Europeu de Investimento.
Enquanto chefe da diplomacia do anterior executivo de Sanna Marin, Pekka Haavisto desempenhou um papel fundamental na adesão da Finlândia à NATO. Após a invasão da Ucrânia por parte da Rússia, a Finlândia iniciou um trajeto em direção à adesão à Aliança Atlântica, e abandonou uma histórica neutralidade a nível internacional. Em abril de 2023 converteu-se no 31.º Estado-membro da NATO. Militante dos Verdes, Haavisto concorreu como independente, naquela que é a sua terceira candidatura presidencial, depois de ter ficado em segundo lugar nas duas ocasiões anteriores.