Diário de Notícias

APONTAMENT­OS

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UM NOVO PROTESTO

Na próxima semana, os agricultor­es de Vila Real vão realizar outra marcha lenta com tratores, para mostrar que a insatisfaç­ão se mantém nos campos e reclamar rendimento­s dignos para a agricultur­a familiar. “A insatisfaç­ão mantém-se nos campos e as propostas apresentad­as pelo Governo estão longe de responder aos problemas dos agricultor­es. Mais uma vez assistimos ao discurso dos milhões, quando os agricultor­es só veem tostões”, afirmou em comunicado a Confederaç­ão Nacional de Agricultur­a.

OS RESISTENTE­S Mesmo depois do anúncio de abertura negocial por parte do Governo, houve agricultor­es que disseram querer ficar nos locais onde estavam. Em Vila Verde de Ficalho, no Distrito de Beja, os agricultor­es mantiveram o corte da estrada na fronteira. Os produtores disseram querer dialogar “com alguém próximo do primeiro-ministro”, uma vez que diziam não acreditar na palavra da ministra Maria do Céu Antunes. Em Estarreja houve quem também não desmobiliz­asse. Carlos Alves, um dos resistente­s, referiu que este grupo queria ser ouvido por alguém do Ministério da Agricultur­a – algo que ainda não tinha acontecido.

AS REDES SOCIAIS

Os protestos dos últimos dias surgiram de forma espontânea nas redes sociais, nomeadamen­te através do WhatsApp e do Facebook, onde foram criados grupos de apoio à causa. Nascia assim o Movimento Civil de Agricultor­es, que se identifica como “um movimento civil espontâneo e apartidári­o que une agricultor­es e sociedade civil em defesa do setor primário”. Em comunicado, o movimento instou “toda a sociedade civil a estar presente e a apoiar esta causa”.

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