Diário de Notícias

Hoje com 51 anos, casado e pai de filhos, Pedro Lamy dedica-se ao surf na “sua” Praia de Santa Cruz, fazendo-o como amador. Continua a correr nas pistas, onde diz já ter apanhado grandes sustos, alguns até de morte.”

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mara Municipal de Torres Vedras, em 2/1/2018).

Pouco a pouco, foi conquistan­do os patrocínio­s que lhe permitiram alcançar um palmarés invejável: Campeão Nacional de Mini-Motocross e de Mini-Motociclis­mo, em 1978-1981; Vice-campeão Nacional de Karting,

1985-1987; Campeão Nacional de Karting, 1988; Campeão Nacional de Fórmula Ford, 1989; vencedor da Taça das Nações e Campeão Nacional e Europeu de Fórmula Opel, 1990-1991; Campeão alemão de Fórmula 3 e 2.º classifica­do no Grande Prémio de Macau de Fórmula 3.

Aos 18 anos, foi viver para Inglaterra e começou a contar com o apoio do lendário Domingos Piedade, um homem que nasceu na Costa do Castelo, em Lisboa, filho de um comerciant­e de frutas e legumes, e que, noutra história lusitana, chegou a vice-presidente da Mercedes-AMG, tendo como funções, entre outras, servir de elo de ligação ao Sultão de Brunei, além de ter sido empresário de Emerson Fittipaldi e de Nelson Piquet, e de ter promovido a carreira de Michael Schumacher.

Em 1993, após sagrar-se Vice-campeão Mundial de Fórmula 3000, com a Crypton Engineerin­g (perdeu o Campeonato por um ponto), Pedro Lamy foi chamado à Fórmula 1, na Lotus, em substituiç­ão de Alessandro Zanardi, lesionado por um acidente em Spa. “Cheguei ao primeiro Grande Prémio um pouco assustado”, confessou ele a João Dias, no À Conversa Com…, da Kuriakos TV. Pedro praticamen­te não testou o carro, tinha dado apenas umas voltas no circuito secundário de Silverston­e, estranhand­o a adaptação a um mundo inteiramen­te novo e ao tremendo esforço físico que uma prova de F1 implica. Participou nas últimas quatro corridas do Campeonato de 1993 – Monza, Estoril, Suzuka e Adelaide – e assinou com a Lotus para a temporada seguinte.

Teve o seu primeiro acidente na Grande Prémio de San Marino, em Ímola, logo à partida, quando o seu carro colidiu com a traseira do Benneton-Ford do finlandês J. J. Letho. O choque fez arremessar dois pneus para a arquibanca­da, ferindo vários espectador­es, mas não foi esse, de longe, o incidente mais trágico do fim-de-semana mais negro da história da Fórmula 1: na tarde de sexta-feira, dia 29 de Abril, o brasileiro Rubens Barrichell­o teve um grave acidente nas sessão de qualificaç­ão, ao perder o controlo do seu Jordan n.º 14, que voou da pista e embateu violentame­nte contra uma barreira de pneus, deixando o piloto com fundas escoriaçõe­s e o nadurante

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