Diário de Notícias

Explicaçõe­s, avisos e mais sanções

Secretário de Estado norte-americano, em viagem por vários países, tenta dar um empurrão para uma trégua, enquanto extrema-direita israelita e rebeldes xiitas desestabil­izam.

- TEXTO CÉSAR AVÓ

ria completame­nte diferente.”

Ben-Gvir, o extremista que na semana passada defendeu a expulsão dos palestinia­nos e a implantaçã­o de colonatos em Gaza, foi criticado quer por Benny Gantz, membro do Gabinete de Guerra, quer pelo líder da oposição, Yair Lapid. Também o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu reagiu às afirmações, tendo agradecido o apoio da Administra­ção Biden. “Isso não significa que não tenhamos divergênci­as, mas até agora temos conseguido ultrapassá-las com decisões determinad­as e ponderadas”, afirmou.

Outra prioridade na agenda de de Antony Blinken é a questão humanitári­a na Faixa de Gaza. “As necessidad­es do povo palestinia­no são algo que vai estar no centro das atenções”, disse o conselheir­o de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan à CBS.Washington acredita que é vital garantir um

Biden

Em comunicado, o presidente dos EUA explicou o âmbito dos bombardeam­entos recentes e afirmou que “tomará medidas adicionais, incluindo contra os Guardas da Revolução do Irão e o pessoal e instalaçõe­s associados, conforme apropriado”.

Cameron

O ministro dos Negócios Estrangeir­os do Reino Unido, David Cameron, em entrevista ao Sunday Times afirmou ter avisado o seu homólogo iraniano que Teerão será “responsabi­lizado” pelos seus “mandatário­s”, ou seja, pelos grupos armados que patrocina, dos Houthis, no Iémen, ao Hezbollah, no Líbano.

Joly

A ministra dos Negócios Estrangeir­os do Canadá, Melanie Joly, anunciou que o seu país vai impor sanções aos colonos israelitas que incitem à violência na Cisjordâni­a e introduzir­á novas sanções contra os dirigentes do Hamas. Na quinta-feira, os EUA sancionara­m quatro israelitas acusados de atos de violência nos território­s ocupados.

acordo para libertar os reféns restantes que o Hamas fez durante o ataque a Israel, incluindo norte-americanos, e uma pausa humanitári­a, acrescento­u Sullivan. “Isto é do interesse da Segurança Nacional dos Estados Unidos. Vamos pressionar incansavel­mente para que isso aconteça. Esta é uma prioridade fundamenta­l para nós.”

A viagem de Blinken também abordará os ataques da milícia pró-iraniana dos Houthis a navios no MarVermelh­o. O Departamen­to de Estado disse que Blinken terá como objetivo evitar que o conflito se alastre, “enquanto reafirma que os Estados Unidos tomarão as medidas adequadas para defender o seu pessoal e o direito à liberdade de navegação no Mar Vermelho”, antes de mais uma ronda de ataques da aviação dos EUA e do Reino Unido a posições no Iémen.

No sábado uma terceira ronda atingiu 36 alvos e, no domingo, foi a vez de um bombardeam­ento ter como alvo um míssil antinavio “pronto para ser lançado”, em direção ao Mar Vermelho.

Se o norte-americano Sullivan disse que o que se viu até agora “foi o início, não o fim”, da resposta norte-americana à morte de três soldados na Jordânia, o porta-voz dos Houthis assegurou que também não vão baixar os braços. “Estes ataques não nos dissuadirã­o da nossa posição de firme apoio ao povo palestinia­no na Faixa de Gaza”, disse Yahya Saree. Os últimos ataques “não passarão sem resposta e punição”, prometeu.

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