Pinto da Costa anuncia candidatura para o que será o “último mandato”
Num Coliseu repleto, o presidente dos dragões foi recebido em apoteose pelos seus apoiantes, que o querem para um 16.º período à frente do clube. Sempre com o alvo em Villas-Boas, o dirigente, de 86 anos, deu um sinal da sua força.
Não foi uma semana fácil, com o desencadear da Operação Pretoriano, que envolve algumas figuras de renome do clube, incluindo o dirigente Adelino Caldeira e o líder dos Superdragões, Fernando Madureira, e um empate da equipa principal na véspera. Mas, horas depois do concorrente André Villas-Boas ter levado à sua sede de candidatura três nomes fortes da história desportiva do clube ( Jorge Costa, Maniche e Nuno Valente), Jorge Nuno Pinto da Costa oficializou, no Coliseu do Porto, a sua intenção, aos 86 anos, de se manter na presidência do FC Porto.
Fê-lo Sob o lema Todos pelo Porto, para um 16.º mandato consecutivo – está no cargo desde 17 de abril de 1982, tempo no qual o clube conquistou cerca de 2558 títulos (segundo o próprio) e se tornou conhecido por toda a Europa e pelo mundo. “Este será, sem dúvida, o meu último mandato”, disse num discurso que empolgou as cerca de 3000 pessoas presentes no evento este domingo, entre elas um discreto Sérgio Conceição, que acabou a abraçar e a beijar a testa ao presidente.
Se o principal rival se fez acompanhar por antigos craques, Pinto da Costa também viu na plateia caras bem conhecidas, por terem representado os azuis e brancos, como Domingos Paciência, Rui Barros, António Folha, João Pinto, Jaime Magalhães, Capucho, Paulinho Santos ou António Oliveira – o maior acionista individual da SAD do FC Porto, que falou apaixonadamente ao Porto Canal ainda antes da cerimónia: “No meu tempo, o FC Porto era um clube regional, ninguém nos respeitava, éramos maltratados e espezinhados. A força do FC Porto nasce da dificuldade.”
Num Coliseu cheio, com uma passadeira azul a marcar a entrada do recinto, o presidente em exercício chegou com cerca de meia-hora de atraso ao local e foi recebido em êxtase, com a plateia a entoar o seu nome antes da entrada triunfal em cena ao som de Pronúncia do Norte, êxito dos GNR.
Acompanhado pela mulher, Cláudia Campo, não escondeu a emoção, perante o mar de cachecóis que o aguardava.
Todo o dragão é ilustre
Já depois de um vídeo a recordar os momentos mais empolgantes da história do clube, Jorge Nuno Pinto da Costa subiu finalmente ao palco quase em cima das 6.00 da tarde para um discurso de cerca de meia-hora, no qual foi “picando” a candidatura de André Villas-Boas de várias formas e feitios (recordando, é claro, a “cadeira de sonho”), atacando a comunicação social (a “lisboeta”, mas não só) e revelando as supostas razões que levaram as contas da SAD ao vermelho (“para segurar Diogo Costa e Pepê”) e que as mesmas, dentro de duas ou três semanas, terão um saldo positivo “na ordem das dezenas de milhões de euros”, enquanto os capitais próprios também serão positivos: “Só não revelo mais hoje por imposição da lei e da CMVM”.
“Minhas queridas dragonas, meus queridos dragões” – deu o mote para uma abertura, antes do primeiro (de vários) ataques a Villas-Boas – “entrei nesta sala e subi a este púlpito sem ter nenhum segurança a acompanhar-me. Não venho ler nenhum discurso, nem tenho ao fundo qualquer teleponto. Venho dizer-vos o aquilo que sinto e compartilhar convosco o amor ao FC Porto. Tenho aqui uma sala repleta de gente ilustre, de notáveis: todo e qualquer dragão é, para mim, e para o
FC Porto uma pessoa notável. Tenho uma plateia cheia e não tenho aqui ninguém ressabiado.”
Esta foi, aliás, a toada constante de toda a comunicação.
Seguiu-se um desfilar da sua vida como portista: “Entrei para sócio em 31 de dezembro de 1952, tive o meu primeiro cargo de dirigente em 1962 e mantive-me até 1969. De 1974 a 1978, fui diretor do Departamento de Futebol, com o saudoso dr. Américo de Sá”, lembrou.
“Quando alguém concorre a qualquer lugar, deve apresentar o seu currículo e este é o meu currículo no FC Porto. Pela vossa reação o meu currículo foi aprovado e por isso sou candidato à presidência do FC Porto”, vincou, para atirar nova “bicada” ao concorrente principal: “Espero que quem quer que venha a candidatar-se apresente também o seu currículo, não basta falar em cadeira de sonho, que hoje é aqui e amanhã acolá.”
Não ao “entreposto”
“Conseguimos 68 títulos no futebol, mais do que todos os outros clubes portugueses juntos. Por isso, sou candidato”, continuou Pinto da Costa, antes de agradecer a todos os que o acompanharam desde 1982, lembrando Reinaldo Teles, Pôncio Monteiro e Armando Pimentel, “modelos do que é servir o FC Porto”.
Em seguida, avançou para as questões financeiras. “Desde que cheguei não me lembro de ter tido um momento de desafogo financeiro”, afirmou, seguindo para as, já antes por si referidas, três razões da recandidatura: a qualificação para os oitavos da Liga dos Campeões, questões das contas do clube, e dos capitais próprios.
“Estejam sossegados porque quem ultrapassa essas situações pode estar descansado que o FC Porto nunca sucumbirá. Será sempre um brasão da cidade, um orgulho para todos nós. Este será o meu último mandato, mas vou cumpri-lo até ao fim. Quem vai escolher sempre o presidente do FC Porto serão os sócios do FC Porto. Aqui, o FC Porto será sempre dono da SAD do FC Porto. Quando em 1999 se criaram as SAD, o FC Porto tinha apenas 40%, hoje tem 74%”, foi disparando entre elogios aos troféus no museu, a rentabilização do estádio, a criação do Centro de Estágio, na Maia, e o “pensamento no futuro”.
“Quero Todos pelo Porto, não vamos permitir que entre aqui quem queira fazer do FC Porto um entreposto de negócio com os árabes. Sou o presidente do FC Porto porque vocês me elegeram e pretendem que eu continue”, acrescentou antes do habitual final, com vivas, o abraço ao atual técnico e o hino do clube a encerrar a apresentação. A 17 de abril se verá o resultado.
Antes do lançamento do seu disco de estreia, De Sombra a Sombra (2023), Carolina Milhanas já “andava” por aí. Concorreu ao Festival RTP da Canção e foi uma das cantoras que acompanhou Maro no Eurofestival da Canção. Mas, ainda antes disso tudo, em casa, já “bebia” as influências do que ouviu do seu pai,Vítor Milhanas, músico e produtor, que sempre acompanhou outros, como Fausto. As camadas e intensidade do álbum de estreia de Carolina Milhanas aguçaram o apetite para esta conversa. Não se fica indiferente à serenidade e vontade de agitar o mundo – o seu e o dos outros –, tudo isto com apenas 22 anos.
Sendo filha de músicos, era inevitável seguir um avida ligada àmúsicae às artes?
A música sempre esteve presente na minha vida. Associo a música, em minha casa, a lugares bonitos e, ao mesmo tempo, a lugares mais escuros. O facto de o meu pai ser músico e de trabalhar muito à noite e de, a dada altura, deixar de existir na minha vida por causa de uma coisa chamada música, deixava-me triste e, ao mesmo tempo, curiosa. Lembro-me de tentar espreitar o estúdio que tínhamos em casa e, às vezes, ter medo, porque o meu pai fazia bandas sonoras para peças de teatro e eram coisas muito sombrias. A música só ganhou luz, digamos assim, quando tinha 8-9 anos e acabou por chegar de forma orgânica, nunca foi imposta. E tive curiosidade desde sempre, quis tocar violino, fui para o coro, toquei trombone, quis experimentar tudo. E tive a sorte de ter uns pais súper liberais, que me deram oportunidade de experimentar de tudo um pouco. À medida que o tempo foi passando, fui encurtando as minhas possibilidades e percebi que a voz era o melhor caminho para me exprimir. E o facto deter música em casa não criou are ação, sobretudo normal na adolescência, de oposição, de contra cultura? Sempre olhei para o meu pai como um ídolo, foi o meu primeiro ídolo musical. Entendo a pergunta, mas por acaso não aconteceu. A minha mãe sempre cantou, mas é locutora de profissão, e eu também quis fazer locução. Tive sempre muita empatia com a arte e com a música, sempre foi uma extensão de mim. Fiz combos de música jazz e música moderna, pop, etc. Fiz teatro e dança, mas a dada altura percebi que era a voz. Honestamente sabia que era afinada, mas nunca achei que fosse especial ao ponto de poder usar a voz como mote para alguma coisa maior do que a vontade de cantar. Comofoiopercurso atéchegar aoprimeirodisco?
“Honestamente, levanto-me por todos os artistas que têm coragem de levar o seu projeto em frente, num país que pouco é para os portugueses e muito menos para os artistas. Merecem uma ovação de pé por isso.”
Deu-se de uma forma muito rápida. Digo sempre que não sou ambiciosa, mas não quero com isto ir para um lugar de ingratidão – sou muito terrena na forma de ver as coisas. E, portanto, quando as coisas acontecem, sou constantemente surpreendida e agradecida. Comecei a reunir um grupo de músicos com os quais me identificava – e que ainda hoje me acompanham –, e comecei a escrever canções depois de ter tido um curso de escrita com a Luísa Sobral, que foi muito desafiante e que me ajudou muito. Depois, o fado entrou na minha vida, o que veio dar uma reviravolta na forma de compor e de olhar para as palavras. A dada altura escrevi uma canção, Lamentos, que foi o meu primeiro single. Escrevi e mostrei ao Rodrigo Correia, queéo coautor deste primeiro disco. E um dia recebo uma telefonema do Agir para nos encontrarmos e falarmos – o Rodrigo [Correia] tinha-lhe mostrado a canção. Na altura não conhecia o lado versátil do Agir, só o seu lado ma isco mercial,eperce bique eleéo artista mais versátil que conheci até hoje. E começámos a “namorar” para nos conhecermos melhor e perceber se nos iríamos ligar artisticamente. Começámos a trabalhar e, a dada altura, surgiu o convite para o Festival da Canção, com a música Corpo de Mulher. Foi uma experiência incrível, em todos os sentidos, porque nunca tinha chegado a tanta gente e percebi que a canção mexeu com as pessoas, foi muito emocionante para mim. E depois, sim, fui à Eurovisão com a Maro, foi uma viagem de seis amigas a Turim. E qual foi o momento, se calharem conjunto como Agir, em que houve a decisão para avançar para oálbum?
Este disco não foi pensado para ser um disco. As canções fizeram parte desse tal namoro metafórico. Ia tendo coisas para dizer, coisas escritas em vários momentos. Não estava a escrever canções para um disco, estava a fazê-lo de forma descomprometida. E quando percebemos que existiam 10-11 canções que, de uma forma inconsciente, relatavam a minha vida até àquele momento, foi fácil a concretização do disco. Essa forma de criar canções avulsas éfrut ode uma nova maneira de construir os discos, nesta época dasplataformas de streaming?
Gosto de acreditar que todos os discos têm um motivo maior e não só uma junção aleatória de canções que podem resultar a posteriori. Tenho essa esperança, mas não sei se é real ou não. Para este disco dei-me ao luxo de o fazer de forma descomprometida e não estava a pensar se ia dar certo ou não. Sou nova e sei que tenho tempo e que se o disco não desse certo iria ter mais oportunidades. Mas quis ser fiel ao que gosto, e não alterei as canções para resultarem mais na rádio X ouY, e para ser mais fácil as pessoas gostarem. E, por isso, dei-me ao luxo de ter feito um trabalho descomprometido e completamente honesto. Respondendo à sua questão, escrevi aquelas canções para exorcizar um certo período que vivi. Equemomentofoi esse?
Já não estou naquele lugar, mas às vezes é penoso pensar que estive lá. É um disco que fala sobre uma miúda que foi perdendo a esperança no mundo, por variadíssimas razões. Se calhar por ser atenta ao que se passa e por desejar que o mundo fosse de uma forma que nãoé.E isso foi crescendo em mim. Em vezd em elevar para um lugar de reação. Entrei num loop em que sentia que não era justo ser feliz num mundo como este. Agora estou a caminhar no sentido oposto. Queméa Milha nas artista?
É uma pergunta difícil. Primeiro, [há que] dizer que esta resposta pode não ser transversal daqui para a fren
te, porque a artista que sou hoje posso não ser amanhã. Assumi este disco como um disco triste. É um disco egocêntrico, que fala sobre um período da minha vida. Mas isso não quer dizer que amanhã não faça algo sobre a situação que o mundo vive, por exemplo. Serei, sim, sempre verdadeira com os momentos que estarei a viver. Comoé que se explica a sonoridade dodisco.Éfado,épop,oqueé?
Sou contra a categorização da arte, acho que é muito perigoso. Apesar de acontecer cada vez mais. Falo por exemplo da associação inevitável do meu disco ao fado, que é perigosa. Eu não sou fadista, nem nunca me vão ouvir dizer que o sou. O fado tem uma estrutura específica e eu não a sigo, não há um único fado neste disco, há sim muita influência. Essa categorização é perigosa porque, se alguém ouvir o meu disco e disser“é a mistura de fado com alguma coisa”, vai fazer com que alguém que não saiba o queéfa do possa ach arque fadoé isto, o que nãoéverd ade. Ofadoé um mundo muito mais especial e diferente. O meu disco não nega o meu amor pela cultura portuguesa, mas também não nega nenhuma influência estrangeira. Não quero viver agarrada ao amor pela nossa cultura, tenho muito tempo para explorar milhões de sonoridades. Os meus próximos discos poderão soar menos a Portugal. Serão sempre uma esponjado que estivera viver. Nessa“vida ”, como são escritas ascanções?
A Luísa Sobral disse-me: “A inspiração constrói-se e trabalha-se.” Ou seja, não posso esperar por “aquele” momento em que surge uma ideia genial. Se me sentar todos os dias com a guitarra e com um caderno e escrever alguma coisa, a inspiração vai aparecer de uma forma mais regular. Antes compunha a parte melódica e harmónica e a parte lírica ao mesmo tempo, não as conseguia separar. Hojeéo contrário. Às vezes vou ouvir fados e quando chego a casa escrevo um poema, ou lembro-me de alguma coisa e escrevo, e depois, sim, vou para a melodia. Sinto que hoje sou menos perfecionista na parte musical, mas sou muito na parte lírica, porque tenho muito amor pela literatura e acho que nunca vou escrever nada de especial. Fico sempre com síndrome de impostor a achar que não vou conseguir fazer nada de jeito. Cantarem português foi sempre opropósito?
Sim. Mas não sei como será o próximo disco… até pode ser em espanhol. A Luísa Sobral, regresso a ela [risos], ensinou-me que as canções falam a sua própria língua. Na altura não consegui perceber o sentido do que me disse, mas agora sim. Ainda há pouco tempo escrevi uma canção em espanhol, saiu. Aquela canção tinha de ser assim, e eu nem sequer sou fluente em espanhol. Se uma música sair em inglês… Comoé que alguém de 22 ano solha para o momento pelo qual a música estáapassar emPortugal?
Vive-se um tempo de artistas muito bons, com profundidade. A minha geração apareceu em força com projetos diferentes e corajosos. Honestamente, levanto-me por todos os artistas que têm coragem de levar o seu projeto em frente, num país que pouco é para os portugueses e muito menos para os artistas. Merecem uma ovação de pé por isso. Mas, ao mesmo tempo, falta alguma coragem, e contra mim falo, porque vivemos num tempo em que já não há mais tempo. E a música e a arte tem de voltar a levantar bandeiras. Embora seja absolutamente necessário canções leves e alegres. E mesmo achando que essas coisas devem ser orgânicas e não forçadas, não há mais tempo. Temos de falar sobre as coisas: A Garota Não é um bom exemplo disso, embora ela se assuma quase como uma cantora de intervenção com mensagens políticas. Não digo que tenhamos de ir tão por aí, mas não há mais tempo.
Os artistas e os poetas devem vir para a rua?
Acho que sim, se calhar estou enganada, mas gostava que assim fosse. E não temos de ir todos, quem não quiser não o faça.
Comoéquea sua geração vê omundo?
Falando por mim, e não querendo ser generalista, aquilo que observo é que nos dividimos em vários grupos. Entre eles um grupo com muita coisa para batalhar: porque não consegue pagar a faculdade, não consegue sair de casa dos pais, quer ter filhos e casar-se e não consegue. Esse grupo não tem tempo para estar atento às notícias, por isso, baixa os braços, perde a esperança, como se o destino já estivesse escrito. E como a minha geração não viveu um 25 de Abril, nunca viveu um momento em que o povo conseguisse mudar alguma coisa, não há essa ideia de que juntos conseguimos. Mas também há um grupo que pensa que já não há tempo e tem de ser feito algo, só que ainda não sabemos como. Porque sentimo-nos enganados. Esse grupo vira-se para todos os lados e não sabe como fazer. Voltando ao disco, esse momento negro que já passou está a ser substituído por uma esperança de mudaromundo?
Acho que não. Não quero ser derrotista, porque vivemos em ciclos, mas acho que este momento que vivemos vai prolongar-se e ainda vai piorar. E quem sou eu para dizer isto, mas tenho a sensação de que estamos a viver apenas o início do icebergue, em todos os sentidos. A espécie humana é assim, e não consigo perceber porquê, mas parece que precisamos que esteja tudo escarrapachado na nossa cara para agir. A esperança quer eferiéa um nível mais pessoal.Vou referir o filme Dias Perfeitos (de 2023, realizado porWim Wenders) que é inacreditável, e estou mais nesse lugar. Pode tudo estar caótico, mas há coisas bonitas se nos virarmos para a arte e para a natureza, para as coisas mais simples. É ais soque temos de nos agarrar e tentar usá-las a nosso favor e a favor dos outros. Se tenho esperança no mundo? Aesperançaéa última a morrer. Já há ideias para o próximo disco? Ainda não tenho nada para dizer. Claro que penso num próximo disco, nem que seja porque estou sempre a fazer coisas, mas neste momento estou a escrever para outras pessoas.
Em maio acontece o primeiro concerto em nome próprio, no Maria Matos, em Lisboa ...
Quero criar um momento muito intimista. Quero que as pessoas se envolvam mesmo com o disco e que, na sala, seja transversal a todos. E quero mesmo incluir as pessoas no concerto – não vai ser um momento sobre mim e sobre a minha história, mas sim sobre a história das pessoas que lá estão. E vou arranjar umas formas engraçadas de o fazer. Estou muito ansiosa, estou à espera deste momento há algum tempo.