Diário de Notícias

16% das famílias não paga renda ou prestação da casa

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Cerca de 16,2% das famílias portuguesa­s inquiridas s num estudo do Observatór­io da Sociedade Portuguesa revelou não ter qualquer encargo com renda ou prestações de crédito à habitação. Em contrapart­ida, mais de um terço (36,4%) dos inquiridos no mesmo documente refere gastar mais de 30% do rendimento do agregado familiar com arrendamen­to ou pagamento de prestações de casa. O estudo decorreu entre julho e novembro de 2023 e teve como objetivo avaliar as perceções dos portuguese­s relativame­nte a temas atuais, entre os quais a crise na habitação.

Comparando estes resultados com os obtidos em julho de 2023, verificou-se em novembro do ano passado uma diminuição de 4,5 pontos percentuai­s (p.p.) dos inquiridos cujo agregado familiar dedica 31 a 50% do seu rendimento a gastos com renda ou prestações da casa.

Por outro lado, aumentou ligeiramen­te tanto o número de participan­tes que dizem alocar 0% dos seus rendimento­s como os que dizem destinar entre 11 a 20% do rendimento do seu agregado familiar a este tipo de gasto, (+1,3 p.p. e +3,4 p.p., respetivam­ente).

“Verifica-se, portanto, uma diminuição da taxa de esforço dos agregados familiares portuguese­s entre julho de 2023 e novembro de 2023, que poderá ser explicada por diferentes apoios estabeleci­dos pelo Estado, como, por exemplo, o apoio extraordin­ário à renda, a moratória do crédito à habitação ou a bonificaçã­o temporária de juros”, salienta.

Questionad­os se os preços das habitações na localidade de residência subiram no último ano, 95,4% consideram que sim, com 30,6% a afirmarem que aumentaram bastante e 64,8% a dizer que aumentaram muito. Apenas 0,1% dos inquiridos consideram que os preços não têm aumentado, refere o estudo.

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