Sunak vai manter reuniões com Carlos III e diz que cancro “foi detetado cedo”
Membros do Conselho de Estado estão autorizados a substituir o rei na maior parte das tarefas. Camilla, William e André fazem parte desse grupo.
Oprimeiro-ministro britânico revelou ontem que, “felizmente”, o cancro de Carlos III, anunciado publicamente na segunda-feira pelo Palácio de Buckingham, “foi detetado cedo”. “Obviamente, como toda a gente, [sinto-me] chocado e triste, e todos os nossos pensamentos estão com ele e sua família”, prosseguiu Rishi Sunak.
Na sequência deste diagnóstico de cancro, e cujo tratamento já iniciou na segunda-feira, Carlos III, de 75 anos, “foi aconselhado pelos médicos a adiar as aparições públicas”. No entanto, segundo a Casa Real britânica, “ao longo deste período, Sua Majestade continuará a tratar dos assuntos de Estado e da documentação oficial como habitualmente”.
Segundo os media britânicos, entre os assuntos de Estado que o rei vai manter estão as reuniões semanais, normalmente às quartas-feiras, com o primeiro-ministro, a menos que os médicos indiquem ser a favor da suspensão desse contacto. Esta informação foi confirmada ontem pelo próprio Rishi Sunak, que garantiu estar “em contacto regular” com o rei.
Quanto aos compromissos públicos, é esperado que alguns sejam cancelados, mas que outros sejam assegurados pela rainha Camilla, mas também por William, o príncipe de Gales, cujo regresso à vida pública já estava marcado para esta semana, depois de ter dado apoio à mulher, Kate, submetida a uma cirurgia abdominal em janeiro.
De acordo com o site da Família Real britânica, caso o rei não possa exercer funções oficiais por um período temporário devido a doença ou viagem ao estrangeiro, dois ou mais membros da Família Real serão nomeados, na qualidade de conselheiros de Estado, para atuar no seu lugar.
Do Conselho de Estado, por inerência, fazem parte a rainha e as quatro primeiras pessoas na linha sucessão com mais de 21 anos – os príncipes William e Harry (os filhos do rei), André, duque de York, (irmão) e a princesa Beatriz (sobrinha). Uma lei aprovada em 2022 juntou os nomes dos outros dois irmãos de Carlos, a princesa Ana e o duque de Edimburgo, Eduardo, à lista de conselheiros de Estado. No entanto, Harry, André e Beatriz não deverão ser escalados para substituir Carlos III em funções oficiais pois são membros “não trabalhadores” da Família Real.
“Os conselheiros de Estado estão autorizados a desempenhar a maior parte das funções oficiais do Soberano, por exemplo, participar nas reuniões do Conselho Privado, assinar documentos de rotina e receber as credenciais de novos embaixadores no Reino Unido”, explica a Casa Real, referindo que fora destas atribuições estão a dissolução do Parlamento (exceto se autorizado expressamente pelo rei), a nomeação de um novo primeiro-ministro, assuntos da Commonwealth e a criação de pares.
Carlos III iniciou os tratamentos na segunda-feira.
Ex-presidente dos EUA vai recorrer da decisão para o Supremo Tribunal dos EUA.