Polícias em protesto durante o jogo Benfica-Toulouse
A partida da Liga Europa, a 15 de fevereiro, será uma das três ações já agendadas para as próximas semanas. Plataforma volta a criticar apatia do Governo.
As forças policiais não desarmam e já têm marcadas novas formas de protesto. De acordo com a RTP, uma das iniciativas está marcada para o jogo entre o Benfica e o Toulouse, dia 15 de fevereiro, às 20.00, no Estádio da Luz, na partida relativa à Liga Europa, não se sabendo ainda que implicações poderá ter neste duelo das provas europeias.
Mas há mais protestos em marcha. Também de acordo coma RTP, a plataforma que une sindicatos da PSP eassociaçõess indicais da GNRt em outra ação marcada para o próximo dia 19, um aparada a realizar no Terreiro do Paço, em Lisboa. E no dia 2 de março está prevista a realização de um encontro nacional de polícias, mas o local ainda nãoéconhec ido.
Estas formas de luta surgem na sequência das manifestações realizadas, em janeiro, em Lisboa e no Porto, além de várias vigílias frente à Assembleia da República. Os protestos policiais ganharam maior dimensão no passado fim de semana, devido ao anúncio de várias baixas médicas, que motivaram o cancelamento do jogo entre o Sporting e o Famalicão. Facto que levou José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna, a abrir um inquérito urgente às súbitas baixas médicas apresentadas por polícias.
Algo incendiário
A plataforma dos sindicatos da PSP e associações da GNR admitiram ontem existirem movimentos inorgânicos que estão a fugir ao controlo das estruturas sindicais, avançando que “a apatia e passividade” do Governo podem constituir-se como “algo incendiário”.
Num encontro com jornalistas, a plataforma deu conta de que tem um enquadramento legal e que as suas “linhas vermelhas” de atuação “estão definidas”, mas que há polícias a tomarem decisões que “extravasam” a estrutura.
O porta-voz da plataforma, Bruno Pereira, também presidente do Sindicato Nacional dos Oficiais de Polícia, afirmou que tem apelado para que os protestos decorram com normalidade, frisando que em quase cinco semanas não existiu “um desvio e um comportamento que fosse merecedor de censura”, como foi o caso das duas “maiores manifestações de sempre”.
“Continuarei a apelar para que os meus polícias não percam exatamente o norte, mas consciente de que, ainda assim, a apatia, omissão e desrespeito tem sido demonstrado, possa alimentar exatamente a influência viral e contagiante de movimentos inorgânicos”, sublinhou. O oficial da PSP sustentou que a plataforma tem também dito ao Governo que, “perpetuando exatamente esta indecisão, possa constituir-se como algo incendiário” e que possa “extravasar linhas vermelhas”.