Exército israelita quer prolongar Serviço Militar
OExército israelita propôs ontem prolongar para três anos o Serviço Militar Obrigatório e aumentar o tempo de serviço dos reservistas, “devido aos desafios colocados pela guerra” com o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
Num comunicado, recomendou o regresso a 36 meses de Serviço Militar Obrigatório para os homens – em vigor até 2015, altura em que foi reduzido para 32 meses – e em determinados cargos para as mulheres, que atualmente cumprem, na maioria, dois anos de serviço.
O Exército propôs igualmente o aumento do número de dias de serviço exigidos aos reservistas – os soldados, por exemplo, em vez de 54 dias em três anos, terão que cumprir 42 dias por ano.
Além disso, quer aumentar o limite máximo de idade para estar no ativo. Atualmente, os soldados podem afastar-se aos 40 anos, os oficiais aos 45 e os que estão em cargos especiais, por exemplo motoristas, aos 49 anos. A ideia é que aumentem as idades para 45, 50 e 52, respetivamente.
Estas recomendações, que vão levar a que haja cinco vezes mais reservistas a cumprir serviço ativo do que em 2023, deverão ser apresentadas e aprovadas no Knesset, o Parlamento israelita, para entrarem em vigor.
Em 2015, quando o Exército reduziu a duração do Serviço Militar Obrigatório para a maioria dos homens israelitas, as previsões era que houvesse uma nova redução em 2024.
Israel convocou pelo menos 287 mil reservistas desde a eclosão da guerra, em retaliação ao ataque perpetrado a 7 de outubro no seu território por combatentes do Hamas infiltrados a partir da Faixa de Gaza, onde o movimento está desde 2007 no poder. Muitos dos que foram convocados já cumpriram entretanto o tempo previsto.