Diário de Notícias

Peseiro põe Nigéria na final após vencer a África do Sul

O treinador torna-se o primeiro português a chegar a uma final da mais importante competição de seleções do continente africano.

- TEXTO CARLOS NOGUEIRA

José Peseiro viveu ontem um dos mais importante­s momentos da sua carreira de treinador ao levar a seleção da Nigéria à oitava final da Taça das Nações Africanas da sua história, após vencer a África do Sul no desempate por penáltis (4-2), depois de um empate a 1-1 no final do tempo regulament­ar e do prolongame­nto da meia-final realizada em Bouake.

Os nigerianos vão agora tentar no domingo conquistar o quarto título de Campeão Africano da sua história, depois de terem levantado o troféu em 1980, 1994 e 2013. Pela frente as Super Águias vão ter o vencedor do jogo entre a anfitriã Costa do Marfim e a RD

Congo, cuja partida ainda decorria à hora de fecho desta edição.

Certo é que José Peseiro tornou-se o primeiro treinador português a chegar a uma final da principal prova de seleções de África, superando o melhor registo de Paulo Duarte que, em 2017, conduziu o Burkina Faso ao 3.º lugar, após derrotar no jogo de consolação o Gana, por 1-0.

Aos 63 anos, o treinador nascido em Coruche poderá alcançar o maior sucesso da sua carreira, depois de ter conquistad­o a Taça da Liga 2012/13 pelo Sporting de Braga e um Campeonato do Egito em 2015/16 ao serviço do Al-Ahly.

O jogo de ontem foi de grande sofrimento para a Nigéria que se colocou em vantagem aos 67 minutos,porWilliam­Troost-Ekongna transforma­ção de um penálti. Só que, quando os adeptos já faziam a festanaban­cada,eisquesurg­iuum penálti a favor da África do Sul, que permitiu a Teboho Mokoena fazer a igualdade, também de penálti, em cima do minuto 90.

No prolongame­nto, a Nigéria foi mais perigosa, mas não conseguiu desfazer a igualdade, remetendo a decisão para o desempate por penáltis, altura em que a equipa de Peseiro foi mais competente, tendo falhado apenas um, enquanto os sul-africanos permitiram por duas vezes a defesa ao guarda-redes Stanley Nwabali, que foi o herói do apuramento para a final.

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Troost-Ekong abriu o marcador para a Nigéria, mas não evitou o desempate por penáltis.

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