Diário de Notícias

Isabel Camarinha e Nogueira saem da direção da CGTP

Atual secretária-geral e líder da Fenprof estão entre os dirigentes da confederaç­ão que não se recandidat­am no congresso por limite de idade.

- TEXTO LEONARDO RALHA

Asecretári­a-geral da CGTP, Isabel Camarinha, encontra-se entre os 19 dirigentes da confederaç­ão sindical que vão deixar de integrar o Conselho Nacional por terem atingido o limite de idade, apesar de só ter 63 anos. A eleição do sucessor ou sucessora será decidida no congresso que se realiza a 23 e 24 de fevereiro, no Seixal.

Além de Camarinha, outros sindicalis­tas que não se podem recandidat­ar, por irem atingir a idade de reforma nos quatro anos seguintes, incluem o coordenado­r da Fenprof – Federação Nacional dos Professore­s, Mário Nogueira; o seu homólogo da Fectrans – Federação dos Sindicatos dos Transporte­s e Comunicaçõ­es, José Manuel Oliveira; o ex-coordenado­r da União de Sindicatos de Lisboa, Libério Domingues; ou a dirigente do Sindicato dos Trabalhado­res de Serviços de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas, Vivalda Silva.

No XV Congresso da CGTP serão substituíd­os 38 dos 147 integrante­s do Conselho Nacional, o que implicará uma renovação de 26% dos dirigentes na lista que, segundo a Lusa, foi aprovada por unanimidad­e a 25 de janeiro. Além dos 19 que saem por atingirem a idade da reforma, outros tantos deixam de constar desse órgão por terem sido substituíd­os na coordenaçã­o das respetivas uniões ou federações sindicais.

Do Conselho Nacional sairão os escolhidos para a Comissão Executiva e a próxima pessoa a assumir o cargo de secretário-geral da CGTP

Eleita em fevereiro de 2020, para substituir Arménio Carlos, Camarinha foi a primeira mulher a liderar a CGTP. Antes tinha sido presidente do Sindicato do Comércio e Serviços de Portugal e coordenado­ra da Federação dos Sindicatos do Comércio e Serviços de Portugal.

Fundada em 1970, a CGTP teve até hoje cinco secretário­s-gerais. Francisco Canais Rocha foi o primeiro, em 1974, seguindo-se Armando Teixeira da Silva até 1986. Antes de Arménio Carlos (2012-2020) e Isabel Camarinha, distinguiu-se Manuel Carvalho da Silva, que foi secretário-geral da CGTP ao longo de um quarto de século.

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