Mais de 600 mil comprimidos apreendidos em Portugal e em mais 13 países
Durante mais de seis meses organismo da UE fiscalizou medicamentos vendidos ilicitamente. O diretor-geral do OLAF, Ville Itälä, diz ser “lamentável ver como os traficantes deste tipo de substâncias põem em risco a saúde das pessoas para obterem um lucro r
A maioria destes medicamentos foi vendida pela internet.
Um total de 625 170 comprimidos, principalmente para disfunção erétil e anabolizantes, foram apreendidos numa operação realizada em Portugal e noutros 13 países da União Europeia (UE), equivalente a 547,27 kg e 20,49 litros em medicamentos. A informação foi anunciada ontem pelo Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), que orientou esta ação e indicou em comunicado de imprensa que “foi intercetado um total de 625.170 comprimidos, 229.525 embalagens, 27.030 frascos, 547,27 kg e 20,49 litros de diferentes medicamentos”.
No mesmo comunicado, o OLAF precisa que dos “artigos apreendidos, contavam-se 186 754 comprimidos, 193 759 embalagens e 350,32 quilos de medicamentos para a disfunção erétil, bem como 21 888 comprimidos e 1016 frascos de anabolizantes”. Em causa está uma operação da Agência da União Europeia para a Cooperação
Policial (Europol) e realizada em autoridades aduaneiras que visou principalmente substâncias hormonais ilícitas, suplementos alimentares e medicamentos para a disfunção erétil.
Esta operação foi leva a cabo ao longo de seis meses, de abril a outubro de 2023, em Portugal e noutros Estados-membros da UE, nomeadamente Áustria, Bulgária, Croácia, Dinamarca, Grécia, Hungria, Itália, Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia, Eslovénia e Espanha. De acordo com o OLAF, esta ação, que foi denominada de Operação SHIELD, faz parte do plano de atividade anual com o objetivo de fiscalizar os medicamentos usados indevidamente ou falsificados, substâncias dopantes, suplementos alimentares ou desportivos ilegais e material médico covid-19 falsificado.
O Organismo Europeu de Luta Antifraude refere ainda no comunicado que, “no decurso da ação, as autoridades aduaneiras nacionais detetaram medicamentos ilícitos principalmente vendidos ‘online’ e transportados em pequenas encomendas por correio e por via aérea”.
Por outro lado, as próprias autoridades aduaneiras intercetaram também pequenas remessas de medicamentos ilícitos escondidas na bagagem e em automóveis de passageiros que atravessaram fronteiras.
No comunicado, o diretor-geral do OLAF, Ville Itälä, diz ser “lamentável ver como os traficantes deste tipo de substâncias colocam em risco a saúde das pessoas para obterem um lucro rápido”, defendendo cooperação entre as autoridades aduaneiras e policiais nacionais para combater este fenómeno.