Diário de Notícias

Estrelas mundiais aquecem os “motores” na Volta ao Algarve

A primeira grande prova do calendário nacional volta a ter grandes nomes do circuito internacio­nal como Geraint Thomas, Sepp Kuss, Thomas Pidcock, Tao Geoghegan, Wout van Aert ou Remco Evenepoel. O grande ausente é o português João Almeida.

- TEXTO CARLOS NOGUEIRA

A50.ª edição da Volta ao Algarve vai hoje para a estrada com aquele que é considerad­o o melhor pelotão das últimas edições de uma prova que representa praticamen­te um ensaio para a nova temporada de ciclismo.

Tem sido comum a presença de grandes estrelas mundiais, mas este ano vai servir de rampa de lançamento para as grandes clássicas da época para o norte-americano Sepp Kuss (Visma-Lease a Bike), vencedor da Vuelta 2023, dos britânicos Geraint Thomas (INEOS), vencedor do Tour 2018, Thomas Pidcock (INEOS), Campeão Olímpico de Cross Country em 2020, e Tao Geoghegan (Hart Lidl-Trek), Campeão do Giro 2020, e ainda os belgas Wout van Aert (Visma-Lease a Bike), vencedor de nove etapas do Tour e da clássica Milão-Sanremo, e Remco Evenepoel (Soudal Quick-Step), vencedor da Vuelta em 2022.

Este ano há um grande aliciante para a “Algarvia”, afinal há dois ciclistas que vão procurar igualar o feito do português Belmiro Silva, o único que até hoje conseguiu vencer a prova por três vezes (1977, 1981 e 1984): são eles Evenepoel, de 24 anos, e Geraint Thomas, de 37.

O prodígio belga vai participar pela terceira vez e subiu ao lugar mais alto do pódio em 2020 e 2022, tendo já assumido que se trata de uma prova que tem bastante significad­o para si, afinal foi sempre prenúncio de uma época de grandes conquistas, pois em 2020 conquistou a Volta à Polónia e em 2022 foi o vencedor da Vuelta, que é até hoje o maior feito da ainda curta carreira do ciclista da Soudal Quick-Step.

Já o veterano galês venceu em 2015 e 2016 e foi 2.º classifica­do em 2018, surgindo no Algarve como líder da INEOS que se apresenta bastante forte com Pidcock, neerlandês Thymen Arensman e o italiano Filippo Ganna, que ficou em 2.º lugar na geral do ano passado.

Outro dos motivos de interesse é o regresso à competição de Geoghegan Hart, agora ao serviço da Lidl-Trek, depois de ter fraturado a anca no Giro 2023.

Estas estrelas de primeiro plano do ciclismo mundial vão, no entanto, ter de enfrentar o colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), o surpreende­nte vencedor da Volta ao Algarve da época passada, na qual levou a melhor sobre Ganna no contrarrel­ógio final por apenas dois segundos.

A “Algarvia” mantém, pois, a tradição de ser a prova ciclista portuguesa com mais estrelas no seu pelotão: afinal do lote de vencedores constam nomes como os de Melchor Mauri (1999), Alex Zülle (2000), Alessandro Petacchi (2007), Alberto Contador (2009 e 2010), Primoz Roglic (2017) e Tadej Pogacar (2019).

Em relação aos ciclistas portuguese­s, o principal ausente é João Almeida, que tem a sua preparação atrasada devido a uma gripe, e cuja presença iria despertar enorme interesse – afinal esta época irá competir pela primeira vez na Volta a França.

Assim sendo, o veterano Rui Costa (EF Education-EasyPost), de 37 anos, é a principal figura entre os atletas nacionais, que irá tentar melhorar o 3.º lugar alcançado em 2014, sendo que na época passada ficou pela 10.ª posição. Rui Oliveira e António Morgado, ambos da UAE Emirates, serão outras presenças a ter em conta num pelotão de 175 ciclistas, que começa hoje em Portimão e terminará no domingo no decisivo Alto do Malhão, em Loulé, num total de 752,7 quilómetro­s distribuid­or por cinco etapas.

 ?? ?? O belga Remco Evenepoel venceu as edições de 2020 e 2022 da “Algarvia”.
O belga Remco Evenepoel venceu as edições de 2020 e 2022 da “Algarvia”.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal