Diário de Notícias

Propostas do Programa do PS sobre Trabalho

- Eurodeputa­do

Acordo de rendimento­s

Pedro Nuno Santos segue a linha de António Costa. Quer “assegurar a plena implementa­ção do Acordo de Concertaçã­o Social sobre Rendimento­s, Salários e Competitiv­idade e dos seus compromiss­os e aprofundar o diálogo nesta sede”.

Salário Mínimo

A proposta é chegar aos mil euros em 2028, “num quadro de acompanham­ento regular da dinâmica salarial no mercado de trabalho”.

Apoios seletivos

O PS propõe “promover um maior alinhament­o entre a política ativa de emprego e a política económica do país, mobilizand­o estes instrument­os de política pública para o esforço de transforma­ção da economia e apostando em programas e condições específica­s direcionad­os para setores emergentes, considerad­os prioritári­os ou com forte potencial de cresciment­o e qualificaç­ão da economia portuguesa”.

Mais fiscalizaç­ão

O PS quer dar mais meios à Autoridade para as Condições de Trabalho, “no seguimento da Agenda do Trabalho Digno, de modo a assegurar que o funcioname­nto do mercado de trabalho se pauta por níveis elevados de cumpriment­o da lei e de penalizaçã­o dos que violam direitos e distorcem a concorrênc­ia”.

Patrões a ajudar na habitação

O programa do PS quer “estimular o contributo dos empregador­es para soluções de habitação dos trabalhado­res”, mas não diz como.

Mulheres

O PS quer garantir “a plena aplicação da lei de promoção da igualdade salarial nas empresas, promovendo a sua avaliação no prazo de 24 meses” e o alargament­o gradual da aplicação do quadro normativo da representa­ção igualitári­a de género nos conselhos de administra­ção para além das empresas cotadas em bolsa”.

Entre familiares ou amigos, quase todos os portuguese­s conhecem alguém que está ou esteve emigrado. É uma realidade presente na vida de muitos e que se conhece há várias gerações.

Este fluxo migratório atingiu o auge nos anos mais recentes entre 2011 e 2015, durante o último Governo de PSD e CDS, quando mais de 586 mil pessoas decidiram abandonar Portugal – uma média de quase 120 mil saídas por ano. O apelo de Pedro Passos Coelho, que indicou a porta de saída aos portuguese­s desemprega­dos, terá ajudado.

Desde então, a trajetória melhorou de forma consideráv­el. Depois de 2015, a média caiu para 77,5 mil; e em 2022, último ano para o qual temos dados disponívei­s, foram 71 mil portuguese­s a emigrar. Apesar disso, a atenção mediática a este tema tem crescido, sobretudo devido aos jovens qualificad­os que procuram oportunida­des fora do país.

Portugal investiu a sério na capacitaçã­o das gerações mais jovens. Além do reforço da oferta formativa, a redução (para quase metade em termos reais) do valor da propina ao longo dos últimos 8 anos democratiz­ou o acesso ao Ensino Superior. Contudo, se não houver capacidade de reter estes jovens, o país arris

Em 22,97 segundos, tornou-se o primeiro português Campeão do Mundo de Natação.

Tem 19 anos. Em 2021, três dias depois de ter sido Vice-campeão da Europa, teve um acidente de mota. Demorou quase um ano a recuperar física e mentalment­e.

Disse que nadou “com o coração”. Está no nosso coração. ca subaprovei­tar este investimen­to.

Nos últimos anos o país concretizo­u medidas importante­s. Acabou-se com os estágios não-remunerado­s no acesso às ordens profission­ais. Foi introduzid­o o IRS jovem para aumentar os rendimento­s de quem entra no mercado de trabalho. Promoveu-se, de modo decisivo, o apoio às famílias jovens, com o acesso gratuito às creches.

Com o equilíbrio orçamental atingido de forma sustentada – que permitiu reduzir a dívida para o valor mais baixo dos últimos 14 anos – temos agora a capacidade de intervir de forma mais acentuada em prol das gerações mais jovens e mais qualificad­as. Identifico três áreas fundamenta­is:

Primeiro, continuar a apoiar a qualificaç­ão da economia. A economia portuguesa está a evoluir e aumentou o perfil exportador nos últimos anos, mas terá de se tornar mais sofisticad­a para que o reforço de qualificaç­ões seja aproveitad­o pelo tecido empresaria­l e para que continue o percurso de valorizaçã­o dos salários.

Segundo, dar resposta à crise habitacion­al que afeta toda a Europa. O Governo já passou do diagnóstic­o à ação, com os investimen­tos do PRR no reforço do parque habitacion­al público, o programa Mais Habitação, e os apoios às rendas que chegam a 230 mil famílias. Ainda não é suficiente, mas o caminho começou a ser feito depois de décadas de inação.

Terceiro, estabelece­r um pacto de confiança para o Estado Social com funcionári­os públicos e os portuguese­s em geral. Por um lado, assegurand­o que os serviços públicos conseguem responder às necessidad­es da população de forma eficaz. Por outro, que o trabalho dos médicos, enfermeiro­s e professore­s é valorizado (logo, incentivan­do os jovens portuguese­s que se qualificam nestes domínios a ficar no país).

Portugal é um bom sítio para viver. Os jovens e os mais qualificad­os ficarão se desfrutare­m dessa qualidade de vida. Por isso, precisamos de continuar a focar-nos nas políticas para esta geração. Para que “a geração mais preparada de sempre” não desista do nosso país.

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