UE pode suspender acordo com Telavive
O alto-representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, anunciou ontem que está para breve a decisão sobre a possível suspensão de um acordo de cooperação com Israel. Na quarta-feira, o primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, e o primeiro-ministro da Irlanda, Leo Varadkar, enviaram uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a pedir uma revisão do Acordo de Associação com Israel, por causa da resposta militar na Faixa de Gaza contra o Hamas. Os dois líderes dizem que há “risco de uma catástrofe humanitária ainda maior” na Faixa de Gaza por causa da “ameaça iminente de operações israelitas em Rafah” e “tendo em conta o que aconteceu e continua a acontecer em Gaza desde outubro de 2023”, com uma “preocupação generalizada pelas possíveis infrações” do Direito Internacional Humanitário por parte de Israel. dados intensivos e maternidade, para o antigo edifício, incluindo seis pacientes em estado muito grave”, acusou al-Qidra.
Segundo o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, havia relatos de “civis mortos, ordens para retirar pessoas à procura de abrigo, a parede norte demolida”: “Estou alarmado pelo que está supostamente a acontecer no Complexo Médico Nasser, em Gaza, depois de estar cercado cerca de uma semana.” Na mesma linha, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) condenou ontem a evacuação do Hospital Nasser decretada por Israel, sublinhando que milhares de deslocados se abrigavam no complexo na cidade de KhanYunis. De acordo com a MSF, nos últimos dias, pelo menos cinco pessoas foram mortas e dez ficaram feridas depois de terem sido efetuados disparos contra o hospital.
Os ataques de Israel na Faixa de Gaza esta quinta-feira não se limitaram à zona sul. Segundo a Al Jazeera, um ataque de drone matou pelo menos uma pessoa e feriu três no bairro de Shujayea, na Cidade de Gaza, com testemunhas a relatar que o drone tinha como alvo pessoas que se reuniam para usar uma ligação à internet. Ainda na Cidade de Gaza, pelo menos duas pessoas também morreram e cinco ficaram feridas num outro ataque. Na zona central do enclave, mais concretamente no campo de refugiados de Nuseirat, um intenso bombardeamento terá morto pelo menos 12 pessoas. O Exército anunciou ainda que completou uma “incursão seletiva” de duas semanas no norte da Faixa de Gaza, que permitiu recuperar o “controlo operativo” na zona.
Líbano faz queixa na ONU
O Exército israelita anunciou também que aviões de combate realizaram ontem ataques no sul do Líbano, fazendo pelo menos quatro mortos, como retaliação pela morte de uma militar por rockets disparados de território libanês. Ontem também, o Hezbollah anunciou a morte de três dos seus membros, incluindo um alto responsável, em bombardeamentos realizados na quarta-feira no sul do Líbano pelo Exército israelita, que também já confirmou essas mortes.
O primeiro-ministro interino do Líbano, Nayib Mikati, informou ontem que Beirute vai apresentar uma “queixa urgente” ao Conselho de Segurança da ONU por causa da “persistente agressão israelita”. “Enquanto apelamos à calma e apelamos a todas as partes para que se empenhem em evitar uma escalada das hostilidades, consideramos que o inimigo israelita continua a sua agressão, o que nos leva a apelar aos atores internacionais para que tomem medidas para responder ao inimigo”, disse Mikati.