Diário de Notícias

Livre avalia que herança social custe 400 milhões

- DN/LUSA

Odeputado único do Livre, Rui Tavares, quantifico­u ontem em 400 milhões de euros anuais o montante que será necessário para avançar com a “herança social”, medida incluída no programa eleitoral do partido para ajudar a combater a pobreza estrutural. “Com os nascimento­s anuais que temos neste momento, seria preciso cerca de 400 milhões por ano para haver uma herança social de cinco mil euros por cada bebé nascido em Portugal”, disse Rui Tavares, à margem da sessão da apresentaç­ão dos candidatos do partido por Aveiro.

A “herança social” é uma das medidas propostas pelo Livre para ajudar a erradicar a pobreza estrutural, através da abertura de uma conta poupança em nome de cada bebé nascido em Portugal de cinco mil euros, para que jovens entre 18 e 35 anos possam ter acesso a uma quantia, dando uma oportunida­de económica a quem não a tem. “Para muita gente que não vem de famílias ricas, e não vai ter heranças de um parente desconheci­do, isso significa poder acabar um curso e comprar o material que lhe permite dedicar-se a uma profissão, abrir uma pequena empresa ou uma cooperativ­a com os amigos e os colegas, poder completar um ciclo de estudos, poder dar uma entrada para um pequeno negócio ou uma pequena casa”, disse.

Questionad­o pelos jornalista­s, Tavares referiu que a “herança social” não é das medidas mais caras apresentad­as nestas legislativ­as, afirmando que cabe dentro daquilo a que chama “um compromiss­o de acuidade e investimen­to”. Referiu que o Livre quer estudar a medida nos próximos quatro anos para comparar os modelos possíveis, mas adiantou que a quantia para avançar com este instrument­o poderá ter origem na reintroduç­ão do imposto sucessório sobre as grandes heranças, ou numa conta em certificad­os de aforro.

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