Câmara quer menos carros na Alta de Coimbra
Hoje, dia do debate entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro, forças de segurança voltam a mobilizar-se para nova ação de protesto em Lisboa. Apontam todas as reivindicações ao novo Governo que sair das eleições.
OTerreiro do Paço, a principal praça de Lisboa, é o local escolhido para uma nova manifestação de polícias, a terceira desde o início do ano, que tem lugar hoje a partir das 17.30. Apesar de o primeiro-ministro demissionário, António Costa, ter enviado uma carta à plataforma das forças de segurança, que reúne os sindicatos da PSP e da GNR, afirmando não ter “legitimidade para negociar ou decidir a matéria que tem vindo a ser reivindicada por esta plataforma sindical”, os polícias e os militares da GNR não desarmam. E apontam agora todas as baterias ao novo Governo, que sairá das eleições do próximo dia 10 de março.
“A escolha desta data para a concentração tem o simbolismo de ser no mesmo dia do debate entre os dois principais candidatos a líder do novo Governo (ver páginas 6 e 7)”, observa Bruno Pereira, do Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia (SNOP) e porta-voz da plataforma. “Já tínhamos dito que não iríamos parar até haver novo Governo constituído. Até porque é importante continuar a discutir e a vincular os agentes políticos a esta discussão, numa matéria que nunca tinha sido discutida como tem sido nas últimas semanas”, afirma este responsável.
Um estudo prévio da Câmara de Coimbra para a requalificação urbana da Alta Universitária da cidade prevê redução significativa do estacionamento na zona, reformulação da circulação automóvel e pedonalização da Rua Larga. O documento, que será hoje debatido e votado na reunião do Executivo, propõe uma grande alteração de filosofia na Alta Universitária de Coimbra, tendo como objetivo retirar “o máximo de veículos” daquela zona, ao reduzir estacionamento, diminuir circulação automóvel e apostar na mobilidade suave”. A proposta abrange toda a zona do Polo I da Universidade de Coimbra e estende-se até à Rotunda do Papa, antevendo já os efeitos que o Sistema de Mobilidade do Mondego terá na mobilidade no centro da cidade (o Metrobus terá paragem junto à Praça da República).