Objetos voadores nos céus de Lisboa
Acompanhia aérea portuguesa TAP apressou-se a esclarecer – e o DN de há 50 anos disso dá a devida nota – que nenhum dos seus pilotos observou os objetos voadores não-identificados que muito espantaram a tripulação de um voo comercial sueco.
O comandante sueco Lors Hergbund afirmou a um jornal de Estocolmo que viu diversos objetos estranhos a voar em formação, como uma vulgar esquadrilha aérea a cruzar os céus, a considerável altitude, sobre a Região de Lisboa. O avistamento ocorreu no dia 20 de janeiro, mas apenas foi relatado quase um mês depois.
As declarações do comandante Lors, um veterano da aviação comercial e antigo piloto da Força Aérea sueca, foram citadas pelas agências noticiosas europeias. Segundo Lors, ele não foi o único a observar os objetos voadores não-identificados.
Acrescentou que as tripulações de um avião português, de um norueguês e de um aparelho inglês tinham igualmente observado os tais objetos. Nenhum destes pilotos, ainda assim, conseguiu identificar do que se tratava: seriam aviões, seriam dirigíveis, seriam um bando de aves de grande porte avistado ao longe – ou inofensivas e curiosas naves vindas de outra galáxia em missão de reconhecimento?
Nenhum dos pilotos, treinados para não verem coisas no ar, conseguiu identificar a misteriosa esquadrilha.
Mas, a avaliar pelo tom das declarações do espantado comandante Lors ao jornal sueco, aqueles objetos misteriosos seriam, muito provavelmente, a prova de uma civilização para lá do universo que conhecemos – ou, mais prosaicamente, aparelhos experimentais saídos da fábrica de uma potência militar. Vá lá saber-se!...
Contactado pela reportagem do DN, um porta-voz da companhia aérea portuguesa declarou que nos “relatórios de voos efetuados no dia 20 de janeiro não existe qualquer circunstância desse género” o que – acentuou a mesma fonte – “não deixaria de ser mencionado se tivesse acontecido”.
O que as tripulações suecas, noruegueses e inglesas viram a voar sobre Lisboa é lá com elas e com as companhias para que trabalham. Os pilotos portugueses não têm visões: voam, sim, mas não o fazem de cabeça no ar.