Mariana Mortágua diz-se vítima de campanha da extrema-direita
Líder do Bloco de Esquerda enquadrou notícia da revista Sábado como segunda tentativa da extrema-direita de “intoxicar” a campanha eleitoral.
Acoordenadora do BE recusou ontem “alinhar na campanha da extrema-direita” e reafirmou que as suas declarações são verdadeiras, alegando que a renda da sua avó poderia ter saltado caso a geringonça não tivesse suspendido a aplicação da “lei Cristas”.
Mariana Mortágua aproveitou a sua intervenção num almoço com ativistas laborais que apoiam a candidatura do BE para fazer uma “referência lateral” sobre a notícia da revista Sábado de ontem sobre a renda que paga a avó da coordenadora bloquista.
“Só alinha na campanha de extrema-direita quem tem mesmo muita vontade de alinhar em campanhas da extrema-direita. O que eu disse e mantive é que a minha avó viveu 69 anos na mesma casa. Tinha 80 anos quando descobriu que aos 85 a sua renda podia saltar. Artigos 35 e 36 da lei”, reiterou.
Segundo a líder bloquista, esse aumento das rendas “teria acontecido se a geringonça não tivesse suspendido a aplicação da lei Cristas”, ou seja, a lei das rendas. “E nenhum facto me desmente pela simples razão de que tudo o que eu disse é verdade.”
Em sua opinião, “a extrema-direita está hoje a fazer a sua segunda tentativa de intoxicação desta campanha eleitoral”, sendo o tema a lei das rendas do PSD e do CDS “e a referência ao exemplo” da sua avó. “Esta segunda tentativa da extrema-direita é tão ridícula como a primeira e vai ter o mesmo destino: vai mostrar o embaraço dos defensores de uma lei das rendas que foi cruel, que atacou as pessoas e que estes partidos de direita querem voltar a aplicar”, criticou.
Concluindo: “Convençam-se de uma coisa. Nós estamos aqui para defender as avós, os idosos, para defender toda a gente que foi atacada por aquela lei cruel e para defender o direito à habitação.”