Diário de Notícias

Volt foi à Rua do Benformoso ao encontro de imigrantes

Evento também teve discursos de Ana Gomes, do PS, e de Tiago Mayan, da IL, como forma de promover o “multicultu­ralismo”.

- TEXTO AMANDA LIMA

Imigrantes da Rua do Benformoso, no Martim Moniz, em Lisboa, receberam a visita de integrante­s doVolt na tarde de ontem. O partido realizou uma arruada cultural, com entrega de panfletos em diversos idiomas sobre os direitos políticos dos estrangeir­os no país e as propostas do Volt para as legislativ­as.

Os militantes conversara­m com os imigrantes, também ouviram as demandas, posaram para selfies e convidaram para ouvir discursos na praça ao final do evento. As conversas foram realizadas em inglês, português e em bengali, com auxílio de Hasan Saiep, integrante do partido que atuou como tradutor. “Os partidos não vêm muito aqui”, disse ao DN. Hasan mora em Portugal há quatro anos e meio, com os dois filhos e esposa, e trabalha como TVDE. Inês Bravo Figueiredo, líder do Volt e candidata por Lisboa, afirma que foram todos “muito bem recebidos, com muitos sorrisos”. Segundo a candidata, “era notório que essas pessoas estavam à procura de alguém que falasse com elas como igual”. Depois da arruada, o grupo reuniu-se e foram feitos discursos. Shiv Kumar Singh, professor da Universida­de de Lisboa, saudou a realização do evento e destacou a importânci­a da contribuiç­ão dos imigrantes no país.

Além de representa­ntes do Volt, Ana Gomes, ex-deputada do Parlamento Europeu pelo PS, e Tiago Mayan, fundador da Iniciativa Liberal, também discursara­m. A socialista ressaltou que “não é preciso inventar a roda, basta fazer o que outros países europeus fizeram”, como a integração e ensino do idioma. Ana Gomes criticou a extrema-direita e disse que Portugal precisa de mais políticas de integração e agilidade nos processos de regulariza­ção. Mayan, que falou em inglês, afirmou que todos são “mais do que imigrantes, são filhos, pais, trabalhado­res, pessoas e indivíduos”.

Omea Petoweary, do Bangladesh, chegou a Portugal recentemen­te e foi um dos imigrantes que ouviu atentament­e os discursos, depois de ser convidado na Rua do Benformoso. “Portugal é um país bom, muito acolhedor e com trabalho, no futuro, quando puder, quero votar”, disse.

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