Diário de Notícias

Um regresso luminoso

Foi um dos restaurant­es chineses mais populares de Lisboa e reabre agora de cara lavada no Parque das Nações. Para provar, há clássicos e novidades

-

Viu-se obrigado pelo senhorio a fechar portas em 2020, mas a nova vida e morada do Dinastia Tang, que se tornou num dos restaurant­es mais concorrido­s da zona oriental de Lisboa – na altura em Marvila –, só trouxe vantagens: está mais luminoso, com uma decoração mais moderna e colorida, ganhou uma ampla esplanada e tem o Tejo como vizinho do lado.

Uma década depois de se dar a conhecer à capital, o restaurant­e chinês regressou na marina do Parque das Nações e manteve a homenagem à “diversidad­e” da cozinha chinesa, afirma Binlu Zhu, que abriu a casa ao imigrar para Portugal na companhia da então mulher, a portuguesa Marisa Cerqueira. Na carta, que mistura alguns dos pratos clássicos do Dinastia com novidades, dá-se relevo às combinaçõe­s picantes da região de Sichuan, aos adocicados de Jiangsu (onde se inclui Xangai, por exemplo) e aos sabores mais equilibrad­os de Pequim e Cantão.

A cozinha a vapor ganhou maior espaço na oferta, com uma seleção de dúzia e meia de dim sum, incluindo agora opções vegetarian­as. À mesa chegam pratos como o frango à Sichuan, com polme crocante e malaguetas; costelinha­s de porco agridoce; raiz de lótus com arroz glutinoso; arroz de gambas com ananás; porco adocicado às tiras com crepes; vaca salteada com pimenta-preta; arroz frito com vaca e trufa negra; o robalo agridoce, frito e apresentad­o já sem espinhas; ou o crocante frango do General Tso, que mistura doce e picante. Mas também o sapo-boi cozido, um dos pratos mais acalorados da carta e o preferido de Binlu Zhu, natural da província de Guizhou, no sul da China, também apaixonado pelo design gráfico e pela fotografia.

Se a anterior casa estava vestida de forma mais tradiciona­l e era mais escura, o novo Dinastia Tang inspira-se nos anos 1920 e 30 de Xangai, que já começava a incorporar elementos mais contemporâ­neos e a misturar-se mais com o ocidente. Das tradiciona­is lanternas aos letreiros em néon, sem esquecer as porcelanas, veio tudo da China. Para ajudar a matar as saudades de casa.

 ?? ??
 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Portugal