Rúben Amorim avisa que estão “todos à espera que o Sporting perca pontos”
O treinador admite que, esta noite com o Rio Ave, os leões têm de estar preparados para o vento e o mau estado do relvado para conseguir vencer e manter-se no topo da I Liga. “Se calhar, não será possível jogar tão bem”, avisa.
Rúben Amorim mostrou ontem que está bem consciente das dificuldades que esperam esta noite (20.30 horas, SportTV ) o Sporting em Vila do Conde na partida com o Rio Ave, a contar para a 22.ª jornada da I Liga. “Quando olham para este jogo todos esperam que o Sporting perca pontos”, começou por dizer o treinador leonino, garantindo que na preparação de cada partida “todos os fatores entram” na equação, até porque ninguém sabe “quais são os jogos mais importantes”.
“O foco é ganhar o jogo, manter o nosso lugar e mostrar que, aconteça o que acontecer, somos capazes de vencer”, sublinhou Rúben Amorim, consciente dos problemas que encerram os jogos em Vila do Conde. “Sabemos que o vento influencia, mas está tudo pensado e vamos ver se corre bem. A bola parada vai ser importante, bem como o estado do terreno, que vai dificultar as duas equipas, por isso vamos ter de nos adaptar ao relvado”, explicou, admitindo que “se calhar, não será possível jogar tão bem”, razão pela qual diz que é fundamental “marcar golos e não sofrer”.
O treinador do Sporting revelou ainda que, tendo em conta o pouco tempo que existe entre os jogos – o último foi quinta-feira com oYoung Boys – a equipa tem trabalhado “quase sem correr”. “Fizemos muito trabalho tático e temos um plano se o campo der para jogar, temos outro plano se o campo não der para jogar e tivermos de fazer um jogo mais direto, de segundas bolas e de bola parada”, acrescentou.
Quem vai estar ausente desta partida com o Rio Ave por lesão é o avançado Paulinho que, segundo Rúben Amorim, “está a recuperar bem”, razão pela qual espera “tê-lo em breve” disponível para jogar, não assumindo no entanto se irá gerir o esforço de Viktor Gyökeres: “Caso aconteça alguma coisa, já jogámos várias vezes com um ataque mais móvel. O que complica é a quantidade de jogos, não há muito tempo para treinar.”
Aliás, sobre o calendário, o técnico disse que lhe custava mais “a incerteza” que viveu nas últimas horas, com a perspetiva de adiamento de jogos, mas agora “já está certo que domingo é o jogo com o Farense, Taça de Portugal na quinta e Atalanta na quarta”. “São três jogos difíceis que temos de ganhar, decidem-se competições é pensar um de cada vez e depois logo se vê a gestão dos jogadores”, adiantou.
Por sua vez, Luís Freire, treinador do Rio Ave, realçou que este é um jogo onde a sua equipa “tem pouco a perder”, afinal “o Sporting tem ganhado a quase toda a gente e cilindrado, com uma média de três golos por desafio”. Nesse sentido, deixou uma ideia forte: “É uma oportunidade para nos colocarmos à prova e mostrarmos a nossa qualidade.”
Atalanta motivou... gritos
O sorteio da Liga Europa ditou que, nos oitavos-de-final, o Sporting volte a jogar com a Atalanta, depois de se terem encontrado na fase de grupos, algo sobre o qual Rúben Amorim disse que as duas equipas “cresceram” nos últimos tempos e deixou uma revelação: “O pessoal da análise de jogos ficou feliz e quando saiu Atalanta gritaram bem alto.”
Já sobre as notícias que o apontam como estando numa lista de potenciais sucessores de Jürgen Klopp no comando técnico do Liverpool, jogou à defesa: “O que tinha a dizer sobe o meu futuro já disse.”
Luís Freire, treinador do Rio Ave, diz que a sua equipa tem “pouco a perder” frente a um adversário que tem “cilindrado” quase “toda a gente”.