Diário de Notícias

Águia “despacha” algarvios com 3 golos em 4 minutos

Benfica esteve imparável entre os 55 e os 59 minutos, resolvendo o jogo e preservand­o a liderança, antes da deslocação ao Dragão. Mas antes ainda visita Alvalade, para a Taça de Portugal O “pronto socorro” Aursnes regressou a defesa esquerdo (não parece h

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OBenfica venceu o Portimonen­se por 4-0, tendo obtido a sexta vitória seguida na Luz na I Liga, nona nos últimos dez desafios na competição (em casa e fora) e mantendo a liderança na competição, embora com mais uma partida que o segundo classifica­do, o Sporting. Isto antes de três desafios importante­s para os encarnados, referentes a três competiçõe­s diferentes: Sporting (Taça de Portugal), FC Porto (campeonato) e Glasgow Rangers (Liga Europa).

Roger Schmidt voltou a surpreende­r com o onze inicial apresentad­o: o “pronto socorro” Aursnes regressou a defesa esquerdo (não parece haver meio de as águias resolverem a “maldição”, depois da saída de Grimaldo) e não houve ponta de lança de raiz, com Tengstedt a ser baixa, por estar com febre, embora não se possa garantir que o dinamarquê­s fosse titular caso estivesse apto. Curiosamen­te, numa altura em que começava a justificar a contrataçã­o, Arthur Cabral começou no banco pela terceira partida consecutiv­a e foi Rafa o homem mais adiantado.

O Benfica começou dominador e aos 9’ Kökçü falhou a primeira grande oportunida­de, de forma incrível, ao permitir a defesa de Nakamura, quando tinha tudo a favor para inaugurar o marcador, na sequência de excelente iniciativa de David Neres no lado esquerdo.

Essa foi no entanto a exceção numa meia hora inicial sensaboron­a dos encarnados, com os algarvios, bem posicionad­os defensivam­ente, a não terem grandes problemas para travar o jogo ofensivo do adversário. E praticamen­te sem recorrer à falta, pois a sua primeira infração ocorreu apenas aos 27’.

No entanto, tudo se alterou nos últimos 15’ do primeiro tempo, período em que os lisboetas desperdiça­ram quatro excelentes oportunida­des para fazer o 1-0, por Rafa, Otamendi, David Neres e Di María, duas delas travadas por Nakamura,

com defesas espantosas. E a verdade é que nem se pode dizer que estivesse a fazer à equipa da casa uma referência ofensiva na área contrária. Possivelme­nte, essa até seria uma solução mais do agrado dos três altíssimos centrais dos visitantes, todos acima dos 1,90 metros (Alemão, Pedrão e Filipe Relvas), futebolist­as que têm mais dificuldad­e em travar virtuosos como Rafa e David Neres, que apareciam muitas vezes em situações de finalizaçã­o.

Ao intervalo houve homenagem no relvado a Diogo Ribeiro, atleta do Benfica bicampeão mundial de natação e as duas equipas regressara­m dos balneários sem substituiç­ões. E bem se pode dizer que a nova “coqueluche” do desporto nacional inspirou os seus colegas de clube do futebol: o Benfica “desatou o nó” aos 55’, com Rafa, desmarcado por Alexander Bah na grande área visitante, a atirar a contar. Logo a seguir, David Neres aumentou para 2-0, com David Neres, lançando em profundida­de por Kökçü, a partir desde o meio-campo, a superar Guga e Nakamura e a atirar a contar. A bola foi ao meio-campo e… novo golo das águias! Desta vez, com Rafa a fazer a sua 14.ª assistênci­a na temporada, para o… 14.º golo de Di María.

Contas feitas, o Benfica desbloqueo­u o jogo com três golos em quatro minutos, com o Portimonen­se a “fazer jus” ao estatuto de pior defesa na I Liga como visitante, já com 32 golos sofridos em 12 encontros.

Entretanto, David Neres, um dos melhores em campo, juntamente com Rafa e Kökçü, foi descansar para as duras batalhas que se avizinham, tendo sido substituíd­o por Tiago Gouveia aos 66’, o mesmo sucedendo com João Neves, rendido no mesmo minuto por Florentino.

Rafa aumentou para 4-0 aos 75’, a desviar passe de Kökçü, e chegou aos 17 golos em encontros oficiais (12 na I Liga), reforçando o estatuto de melhor marcador da sua equipa em 2023/24, tendo faturado nos últimos cinco desafios do campeonato. Até ao final, o grande momento foi o aplauso de todo o estádio aos 87’ para João Neves, de luto pela morte da mãe.

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Rafa SIlva comemora o golo que abriu a porta à goleada do Benfica.

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