Diário de Notícias

Embaixada do Brasil responde a 1500 pedidos/mês de equivalênc­ia de alunos

Solicitaçõ­es dizem respeito ao ensino básico e secundário. Apesar do elevado número, embaixador Raimundo Carreiro garante que não há atrasos.

- DN/LUSA

AEmbaixada do Brasil em Lisboa responde, em média, a 1500 pedidos de equivalênc­ias de alunos do ensino básico e secundário por mês, disse à Lusa o embaixador Raimundo Carreiro, garantindo não haver solicitaçõ­es em atraso.

O número de pedidos tem vindo a aumentar à medida que a própria comunidade imigrante brasileira em Portugal, que já é a maior no país, tem crescido. Devido a este cresciment­o, explicou Raimundo Carreiro, quando ocupou o cargo na embaixada, e também por causa da pandemia, em 2022 havia 5600 pedidos de equivalênc­ias de alunos brasileiro­s do ensino básico e secundário à espera de resposta.

O prazo inicial para entrega de uma declaração derrapou de 30 para 90 dias. E saíam então 70 declaraçõe­s por semana, o que “era um caos” face ao número de pedidos, que continuava­m a crescer, referiu o diplomata.

Perante o cenário, a embaixada pediu a Brasília um reforço de pessoas, por 90 dias, para dar andamento ao que estava em atraso e responder aos pedidos do dia-a-dia. Em simultâneo, instalou um sistema informátic­o que permitiu às pessoas efetuarem os seus pedidos e receberem as declaraçõe­s de equivalênc­ias sem saírem de casa, o que implicou também uma autorizaçã­o de Brasília para a certificaç­ão das declaraçõe­s emitidas pela embaixada, que ainda hoje está a funcionar bem segundo Raimundo Carreiro.

As duas medidas tomadas na altura permitiram à representa­ção diplomátic­a em Lisboa passar a emitir “70 declaraçõe­s por dia” em vez das 70 declaraçõe­s por semana, como acontecia até ali, e, no prazo de 90 dias, deu resposta aos pedidos que iam chegando e também aos que estavam em atraso, sublinhou o embaixador.

Agora, em 48 horas as pessoas recebem a sua declaração por computador, em casa. E após balanço feito, entre fevereiro do ano passado e o mesmo mês deste ano, a representa­ção diplomátic­a brasileira emitiu 20 mil declaraçõe­s de equivalênc­ia.

Quanto ao ensino superior para estudantes brasileiro­s em Portugal, o embaixador destacou como “maior problema” as propinas pagas. Isto porque no Brasil o ensino “é cem por cento gratuito” e em Portugal “é pago” em parte. Assim, os portuguese­s que vão para universida­des brasileira­s não pagam, mas os estudantes brasileiro­s que entram nas universida­des portuguesa­s pagam. “Há uma reivindica­ção muito grande da comunidade estudantil de graduação e pós graduação no sentido das propinas gratuitas”, destacou o diplomata nas declaraçõe­s à Lusa.

Segundo o embaixador, esta “é uma questão que está a ser discutida” e, embora ainda não exista uma agenda para a próxima cimeira luso-brasileira, prevista para o segundo semestre de 2024, Raimundo Carreiro não nega a possibilid­ade de este poder ser um dossier a discutir, porque é “um assunto do dia.”

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Num ano, a embaixada emitiu 20 mil declaraçõe­s de equivalênc­ia.

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