Quem vai ser o avançado? Marcar golos não é critério único para ser o eleito
Roger Schmidt espera um FC Porto “ao nível da Liga dos Campeões”, sem as fragilidades que tem mostrado no campeonato e sem dar espaço para o Benfica jogar como gosta. “Não é fácil criar oportunidades contra eles e temos de estar muito organizados, pois eles estão sempre à procura de espaços abertos. É diferente jogar em casa ou campo neutro do que no estádio deles. Têm o fator casa, mas estamos prontos para lutar 90 minutos para obtermos o melhor resultado possível”, disse Roger Schmidt na antevisão do clássico da jornada 24 da I Liga.
Nos últimos jogos, o alemão optou por um ataque móvel, mas tirou Arthur Cabral do onze quando dele estava de pé quente. Tengstedt regressou de lesão e Marcos Leonardo ainda não foi opção a titular. Mas o nome do(s) eleito (s) é um não problema: “Todos os avançados podem marcar e não tenho dúvidas disso, mas, para mim, não é decisivo e os jogadores têm de o aceitar. Depende deles mostrar que têm o pacote completo, taticamente, envolvidos na pressão e também nas transições defensivas e ofensivas. Para jogar no Benfica, não é suficiente marcar golos.”
Para o treinador do Benfica, a equipa de Conceição já não tem segredos. “Já jogámos duas vezes esta época e conhecemo-los bem, mas também sabemos que é sempre difícil jogar contra eles. Não é por vencer as duas vezes que vamos vencer este. O FC Porto mudou um bocado a formação e a abordagem. Taticamente, são uma equipa muito compacta, boa a defender e em momentos de transição, alerta a ganhar segundas bolas e a tentar atacar o espaço com os seus avançados”, disse Schmidt, que tem o plantel na máxima força para a visita o Estádio do Dragão.
A opção de viajar apenas hoje para o Porto foi para “dar o máximo de descanso” aos jogadores a seguir ao dérbi com o Sporting (derrota, 2-1, na quinta-feira, para a Taça de Portugal): “Temos muitos jogos e penso que é importante para os jogadores descansarem, libertarem a cabeça. Os jogadores preferem assim e já mostraram rendimento nos jogos depois de agirmos desta forma.”
Roger Schmidt confessou ainda que compreende bem a frustração de Di María com o golo anulado no dérbi, considerando que o árbitro Fábio Veríssimo “merece ser criticado pela má decisão” que tomou. “Foi 100% golo. Ninguém me convence que foi um golo em fora de jogo. Foi um golo bonito, decisivo e foi pena o árbitro ter errado. Teria sido interessante saber o que teria acontecido depois deste segundo golo em campo”, disse o treinador do Benfica, que tal como o argentino será alvo de uma queixa dos árbitros.