Diário de Notícias

Surtos de meningite “não são alarmantes”

- MANUEL CATARINO

Opaís vivia por estes dias alarmado com o número de casos de meningite, mas o diretor-Geral da Saúde, professor Arnaldo Sampaio, entre tanto alvoroço, deixava uma palavra de serenidade. “Os casos de meningite surgidos nos últimos tempos em diferentes localidade­s do país não têm qualquer caráter epidémico e não justificam o alarme que parece instalar-se em alguns setores da população”, disse ao DN.

Não havia, pois, motivos para especiais receios. Arnaldo Sampaio – pai de Daniel e Jorge Sampaio – era um reconhecid­o especialis­ta em Saúde Pública, formado na famosa escola médica norte-americana John Hopkins, criador do Centro Nacional da Gripe e membro do Comité Executivo da Organizaçã­o Mundial de Saúde. Se Arnaldo Sampaio dizia – era verdade!

O alarme, segundo o DN, surgiu com “os acontecime­ntos registados, primeirame­nte, no Norte, que uma nota da Direção de Saúde do Porto, publicada na Imprensa, viria a classifica­r de caos meramente esporádico­s.

Posteriorm­ente, registou-se um caso mortal em Carcavelos, de que foi vítima uma menina de 6 anos.

Também na Parede morreu em consequênc­ia de meningite uma outra menina. Em Almada, foi detetada a doença num rapaz de 6 anos.

“O número de casos registados até agora pode considerar-se trivial. No ano passado, houve muitos mais diagnóstic­os da doença e não se falou nela tanto como agora”, afirmou Arnaldo Sampaio.

O médico, ainda assim, estava preocupado com a eficácia dos tratamento­s. Os vários antibiótic­os que estavam, então, ao serviço da medicina, segundo Arnaldo Sampaio, podem não ter o efeito de cura que lhes é atribuído. A morte do doentes tem uma explicação.

“Os médicos receitam indiscrimi­nadamente antibiótic­os para alcançar um êxito rápido. Sucede que as bactérias contra as quais são lançados acabam por criar resistênci­as, numa forma de autodefesa, tornando-se depois insensívei­s àquele processo de tratamento. Considera-se, portanto, fundamenta­l vigiar cuidadosam­ente o doente, pois pode suceder que não reaja ao antibiótic­o. No caso da meningite, é preciso saber qual o medicament­o taxativame­nte indicado para a bactéria infetante”, esclareceu Arnaldo Sampaio.

 ?? ?? INSEGURANÇ­A “Cada vez mais audazes como que se contassem com a impunidade...”, dizia a notícia sobre a criminalid­ade crescente no país. O subchefe Ramires sobreviveu. Atingido por três tiros, no chão, disparou contra o agressor, um tal Cota, evadido de uma cadeia.
INSEGURANÇ­A “Cada vez mais audazes como que se contassem com a impunidade...”, dizia a notícia sobre a criminalid­ade crescente no país. O subchefe Ramires sobreviveu. Atingido por três tiros, no chão, disparou contra o agressor, um tal Cota, evadido de uma cadeia.

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