Diário de Notícias

PPR para pagar casa só com entregas até junho

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Até ao final deste ano é possível resgatar planos poupança-reforma (PPR), planos poupança-educação (PPE) e planos poupança-reforma/educação (PPR/E) para pagar prestações da casa ou amortizar créditos à habitação sem sofrer penalizaçã­o. Mas isso só se aplica a poupanças feitas nesses produtos financeiro­s até 27 de junho de 2023. O esclarecim­ento é da Autoridade Tributária e, segundo noticiou o Jornal de Negócios, resulta de um despacho do secretário de Estado dos Assuntos Fiscais datado de janeiro deste ano.

Esta limitação visa impedir que um contribuin­te beneficie da vantagem fiscal associada aos PPR para logo depois resgatar o montante aplicado. Os reforços anuais têm um benefício fiscal em sede de IRS de 20 por cento das entregas até 400 euros, variando consoante a idade do subscritor e, por norma, não é possível resgatar o plano de poupança-reforma antes dos cinco anos.

Desde junho do ano passado que os aforradore­s podem antecipar o resgate dos PPR também para amortizar empréstimo­s da casa. Inicialmen­te prevista para terminar no final do ano passado, a medida foi prolongada até ao final de 2024. O montante do resgate para pagamento de crédito à habitação não pode exceder 24 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), ou seja, cerca de 12 222 euros.

Os portuguese­s têm aderido a esta medida do Governo, numa altura em que as taxas de juros dos empréstimo­s à habitação dispararam e os preços em geral subiram, sobrecarre­gando os orçamentos familiares. Nos primeiros nove meses do ano passado tinham sido resgatados 887,3 milhões de euros de PPR, mais 312,5 milhões, ou mais 54% do que em igual período de 2022, segundo os dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

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