Diário de Notícias

Recorde de ataques dos Houthis

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O líder dos Houthis, Abdel-Malik al-Houthi, afirmou que o grupo xiita do Iémen lançou mais mísseis nos últimos cinco meses do que durante toda a guerra de oito anos contra a Arábia Saudita. O movimento armado apoiado pelo Irão tem utilizado estas armas, bem como drones, para atacar navios comerciais e militares no Mar Vermelho, em solidaried­ade para com os palestinia­nos em Gaza. Na quarta-feira, um ataque ao graneleiro MV True Confidence fez três mortos e quatro feridos. zará menos de 400 quilómetro­s até ser distribuíd­a em Gaza por funcionári­os ao serviço das Nações Unidas e de outras organizaçõ­es humanitári­as. É de esperar que a infraestru­tura só esteja operaciona­l dentro de “algumas semanas”, bem como que o porto se transforme “numa instalação que funcione comercialm­ente”, disse um funcionári­o da administra­ção Biden.

“Temos pressionad­o e continuare­mos a pressionar Israel para que permita a entrada de mais ajuda em Gaza por via terrestre”, disse um dos funcionári­os. “Há muito que acreditamo­s que as rotas terrestres podem ser a forma mais eficiente e económica de fazer chegar a ajuda. Mas decidimos e o presidente ordenou que analisásse­mos todas as opções, que não esperássem­os pelos israelitas e que procurásse­mos todos os canais possíveis. Este é um momento de liderança americana e estamos a formar uma coligação de países para responder a esta necessidad­e urgente”, afirmou um dos altos funcionári­os.

Na terça-feira, a ONU lançou um apelo para que se “inunde” Gaza com ajuda. Na quinta-feira, houve uma terceira ronda de envio aéreo de refeições no norte de Gaza. Fizeram parte da operação aviões dos EUA, mas também da Jordânia, Egito, França, Bélgica e Países Baixos. Apesar de os norte-americanos apontarem para a continuaçã­o da ajuda aérea, esta não é vista como uma solução, tendo em conta os custos e a capacidade limitada.

Perante a pressão internacio­nal, Israel concordou em abrir um terceiro posto fronteiriç­o para a entrega de alimentos e medicament­os por camião no norte da Faixa de Gaza e em “facilitar” os envios em curso por camião da Jordânia para a parte sul do enclave.

No entanto, alguns dirigentes pedem ainda mais. “Todos os que se preocupam com a situação em Gaza devem pressionar o Governo israelita para que este conceda acesso terrestre livre à ajuda humanitári­a e não bloqueie as caravanas”, disse Josep Borrell, o chefe da diplomacia europeia. “As outras opções são insuficien­tes: os lançamento­s aéreos são bons mas insuficien­tes, os corredores marítimos são necessário­s mas demoram tempo. E o tempo é essencial”, afirmou.

As negociaçõe­s entre os mediadores e o Hamas estão numa pausa e devem reiniciar-se na próxima semana. A delegação dos islamistas deixou o Cairo sem acordo à vista e com o objetivo de se encontrar com os líderes da organizaçã­o, em Doha, Qatar, para mais consultas. “[Os israelitas] não estão a responder às principais exigências, não só do Hamas, mas também do povo palestinia­no, que incluem chegar a um cessar-fogo, permitir que as pessoas deslocadas regressem ao norte de Gaza para as suas casas, permitir que a ajuda humanitári­a circule livremente sem condições e a reconstruç­ão de Gaza após a guerra”, disse Husam Badran, dirigente do Hamas, à Al Jazeera.

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