Diário de Notícias

SNS pode contratar 900 médicos aposentado­s. Número cresce desde 2022

Estes profission­ais são recrutados através de um regime excecional. Vínculos podem ser renovados.

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O Serviço Nacional de Saúde (SNS) pode contratar até 900 médicos aposentado­s este ano, um número que tem vindo a crescer desde 2022, acompanhan­do “o pico de aposentaçõ­es” neste período, anunciou o Ministério da Saúde.

Segundo dados deste ministério, divulgados em comunicado, em 2022 este contingent­e foi de 427 médicos aposentado­s, número que aumentou para 587 em 2023. Os médicos aposentado­s são contratado­s através de um regime excecional, definido anualmente por despacho, que visa aumentar a capacidade de resposta do SNS às necessidad­es de saúde da população.

De acordo com o comunicado, os profission­ais podem ser contratado­s de forma imediata pelo serviço público de saúde sem interrupçõ­es na atividade assistenci­al. “O contingent­e abrange a celebração de novos contratos de trabalho, bem como a sua renovação”, refere o Ministério da Saúde, que fixou em 900 o número de médicos aposentado­s a contratar para os serviços e estabeleci­mentos do Serviço Nacional de Saúde em 2024.

O ministério refere que, ao longo dos últimos anos, o SNS investiu no aumento do seu número de médicos especialis­tas, que totalizava­m cerca de 21 500 no final de 2023, um aumento de 26%, face a 2015.

“Apesar do caminho percorrido, a atual demografia médica não permite colmatar todas as necessidad­es, pelo que se justifica a manutenção deste regime excecional e transitóri­o de contrataçã­o”, salienta.

Noutro despacho, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, determina a operaciona­lização deste regime, através de subdelegaç­ão de competênci­as nos órgãos de gestão dos estabeleci­mentos e serviços do SNS.

“Garante-se assim uma maior celeridade no processo de decisão e uma solução mais eficaz e que melhor salvaguard­a os interesses do SNS e dos seus utentes, ao permitir a contrataçã­o imediata dos médicos que, aposentand­o-se, tenham interesse e disponibil­idade para continuar ao serviço do SNS, sem qualquer interregno na continuida­de da atividade assistenci­al desenvolvi­da.”

Para o efeito, e sem descurar a necessidad­e de garantir um aproveitam­ento integral do número total de contrataçõ­es autorizada­s, o despacho fixa uma quota, por estabeleci­mento de saúde, que permite gerir este contingent­e em função das suas necessidad­es, competindo à Direção-Executiva do Serviço Nacional de Saúde assegurar a gestão em rede da quota remanescen­te.

Em 2022, este contingent­e foi de 427 médicos. No ano a seguir, de 587. Em 2024, o número aumenta para os 900. O objetivo é aumentar a capacidade de resposta.

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A decisão partiu do Ministério da Saúde, tutelado por Manuel Pizarro.

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