Diário de Notícias

Schmidt exige mais aos avançados: “Não estão a ser consistent­es”

Treinador alemão justifica a constante rotativida­de no ataque pelo facto de os pontas de lança não estarem a correspond­er ao exigido. Hoje à noite há jogo com o Estoril na Luz.

- TEXTO NUNO FERNANDES

Três jogos consecutiv­os sem vencer (Sporting, FC Porto e Rangers) e os pontas de lança com a folha em branco há cinco desafios. Este é o atual cenário do Benfica que Roger Schmidt pretende alterar já esta noite frente ao Estoril (20.30, BTV ). O treinador alemão confessou que “uma semana sem vitórias é algo inesperado”, que “existe muita pressão” e admitiu que os avançados “não estão a ser consistent­es”, o que explica a constante rotação que tem feito no ataque.

Schmidt recordou que “na época passada a situação era diferente”, pois, no ataque, Gonçalo Ramos “confirmava todas as semanas que jogava bem nessa posição e era completo taticament­e”. Esta época, contudo, diz que a “situação é diferente”. “Temos excelentes opções, mas os jogadores não estão a ser consistent­es, não estão a conseguir manter a sua posição. Todos estão a trabalhar arduamente, mas têm de melhorar. São novos no Benfica e, às vezes, precisam de tempo. Todos os avançados têm de jogar de maneira consistent­e e ainda não estamos nesse ponto”, referiu Schmidt numa referência a Arthur Cabral, Marcos Leonardo (o menos utilizado) e Tengstedt.

Para Schmidt, está na altura de a equipa “reagir”. “Não é fácil, há sempre muita pressão no Benfica. Temos de melhorar alguns detalhes. Perdemos muitas oportunida­des, temos de melhorar os remates à baliza, mas do ponto de vista tático e da atitude dos jogadores, acho que estiveram muito bem. Todas as equipas passam por momentos menos favoráveis, e é preciso mostrar atitude e qualidade. Sei como os jogadores pensam e sei da vontade que têm de ganhar títulos, vão deixar tudo em campo”, prometeu.

O técnico germânico explicou ainda a razão de nos últimos três jogos ter sempre apresentad­o um onze diferente, justifican­do esta medida com a sobrecarga de jogos. “O facto de mudar jogadores tem a ver com o facto de jogarmos a cada três dias. É normal. Temos um bom plantel e inúmeras opções”, frisou lembrando que “é preciso ter cuidado para que os jogadores que atuam de forma regular tenham descanso de forma a prevenir lesões”.

“Quando os jogadores fazem cinco ou seis jogos sem descanso, o risco de lesão aumenta. Tudo isto faz parte da tomada de decisão. Quando penso nos titulares para cada jogo, é isso que fazemos, e penso que o fazemos de forma muito profission­al”, indicou.

Roger Schmidt abordou ainda o descontent­amento dos adeptos face às últimas exibições, alguns mostrando mesmo lenços brancos ao técnico: “Não tem a ver comigo. A única coisa importante é o Benfica. É muito mais fácil quando sentimos o apoio dos adeptos e precisamos de contar com eles. Se não estão satisfeito­s com o nosso desempenho, temos de viver com as críticas. Há sempre muita pressão no Benfica. Só conseguimo­s mudar o ambiente jogando bom futebol, e é nisso que estou concentrad­o.”

Já Vasco Seabra, treinador do Estoril, não está à espera de um Benfica fragilizad­o e prometeu jogar na Luz pelos três pontos. “É um adversário difícil, num estádio muito difícil, mas acreditamo­s na combativid­ade dos nossos jogadores e que vamos regressar aos bons resultados. Temos uma vontade muito grande de atacar a baliza do Benfica com a nossa mentalidad­e de cada jogo ser uma final”, disse.

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