Marcelo destaca urgência na recuperação económica
Presidente da República diz que preocupações dos eleitores são semelhantes às de 2022. E apelou ao voto pelo futuro no início de um novo ciclo.
OPresidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, realçou a “urgência em acelerar a recuperação económica” e os “efeitos do compasso de espera” por essa recuperação, devido às guerras na Ucrânia e no Médio Oriente, na Saúde, Educação e habitação, bem como no desemprego para os mais jovens e na garantia das pensões e nas reformas “para os menos novos”, como as principais preocupações dos portugueses nas eleições legislativas deste domingo.
Marcelo juntou-lhes ainda a preocupação “quase silenciada” com o que “se passará lá fora, neste ano e nos seguintes”, nomeadamente as eleições na Europa e nos Estados Unidos e o que significarão para os conflitos em curso, o que poderá ter consequências na subida dos preços e no custo dos juros. “Aquilo que é decisivo para o arranque da economia, para as condições de vida de todos, especialmente dos mais pobres, dos mais excluídos e dos mais dependentes”, disse Marcelo.
Numa mensagem transmitida ao início da noite de ontem, no Palácio de Belém, apelando à participação nas legislativas de hoje, nas quais não deve haver “um voto desperdiçado quando mais fazia falta”, Marcelo Rebelo de Sousa disse que há “muitas semelhanças” entre as preocupações nestas legislativas e as de 2022.
Há dois anos, segundo o chefe de Estado, o que mais preocupava os portugueses era a recuperação da economia, após dois anos de covid-19 e os efeitos dessa recuperação no poder de compra e nos cuidados de saúde, enquanto, “a meia-voz”, havia receio do agravamento das tensões internacionais que, 24 dias após a vitória do PS, com maioria absoluta, foi confirmado com a invasão da Ucrânia pela Rússia. “Provocou nova crise económica, sobretudo no galope dos preços, e tudo isso travou a desejada recuperação e atingiu severamente a vida das pessoas.”
Referindo-se ao “início de um novo ciclo”, após o 50.º aniversário do 25 de Abril, o Presidente da República terminou a mensagem a incitar os portugueses a contrariarem a abstenção. “Por ser este um momento de dar nova vida, em estabilidade e em segurança, à nossa liberdade, à nossa igualdade, à nossa democracia, apelo ao vosso voto, a pensar no vosso futuro, no futuro dos vossos filhos e dos vossos netos, a pensar no futuro de Portugal”, disse Marcelo.