Suécia na NATO mostra que Putin “falhou”
Secretário-geral da Aliança garantiu que Kiev está mais perto do que nunca de seguir o exemplo de Estocolmo e tornar-se membro. O primeiro-ministro da Suécia recordou que “a situação de segurança na [sua] região não era tão grave desde a Segunda Guerra Mu
Vladimir Putin falhou na sua tentativa de enfraquecer a NATO e, com a adesão da Suécia, a aliança está “maior e mais forte”, disse ontem o seu secretário-geral, Jens Stoltenberg, na cerimónia em Bruxelas que marcou a entrada oficial de Estocolmo na Organização do Tratado do Atlântico Norte.
“Quando Putin lançou a sua invasão [à Ucrânia] há dois anos, queria menos NATO e mais controlo sobre os seus vizinhos. Queria destruir a Ucrânia como Estado soberano, mas fracassou”, disse Stoltenberg na sede da aliança militar. “A NATO está maior e mais forte. A Ucrânia está mais perto do que nunca de ser membro da NATO”, prosseguiu o norueguês, tendo a seu lado o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.
Stoltenberg destacou ainda que “a Suécia ocupou o lugar que lhe corresponde na mesa da NATO sob o escudo de proteção do Artigo 5º” do tratado constitutivo da aliança, sobre defesa recíproca.
Este artigo, prosseguiu Stoltenberg, é “a garantia máxima de liberdade e segurança. Um por todos e todos por um”.
O secretário-geral da NATO referiu também que a Suécia tem “capacidades de vanguarda” na área da Defesa, por terra, no ar e no mar, alocando desde já mais de 2% do seu Produto Interno Bruto a este setor.
Por sua vez, Ulf Kristersson, garantiu que compartilhará “tarefas, responsabilidades e riscos com os [seus] aliados”. “A situação de segurança na nossa região não era tão grave desde a Segunda Guerra Mundial e a Rússia continuará a ser uma ameaça para a segurança euro-atlântica num futuro previsível. Foi nesta perspetiva que a Suécia pediu para aderir à aliança de defesa da NATO para ganhar segurança, mas também para proporcionar segurança”, referiu ainda o primeiro-ministro sueco.
Sobre a guerra na Ucrânia causada pela invasão russa, Kristersson garantiu apoio a Kiev, que “está a lutar corajosamente pela sua própria liberdade, mas também a defender a liberdade europeia”.