Para mim, estas [chefs e todos aqueles os que trabalham arduamente para bem servir à mesa] serão sempre as Estrelas mais brilhantes da constelação Michelin.”
da panela. Não, e sei bem do que falo, porque os conheço e já ouvi e confirmei os seus testemunhos. Os chefs também brilham por serem líderes, atentos, que valorizam, reconhecem e tentam manter os seus colaboradores motivados.
A recompensa pelo rigor e dedicação num setor tão exigente, sobretudo pela sobrecarga de horários e de trabalho em períodos de época alta, não pode, nem deve, nos dias que correm, ser apenas uma questão monetária. E pode mesmo estar aqui outro dos segredos dos “chefs-chefes”. É preciso ir mais além do salário, é preciso recompensar formando, qualificando, capacitando, reconhecendo, valorizando. São estes os caminhos óbvios para quem quer ter profissionais motivados e, tão ou mais importante quanto isso, para quem deseja reter os melhores talentos.
Quando o Turismo continua a ser o verdadeiro motor da economia portuguesa, mesmo em cenários económicos, sociais e políticos menos favoráveis, julgo ser de bom senso, e mesmo obrigatório, tratar o melhor possível os setores desta atividade. É isso que os reconhecidos chefs fazem e tenho a certeza de que, se este for o pensamento e a missão de quem trabalha arduamente a bem servir à mesa, ganha a restauração e ganha a nossa gastronomia.
Perfecionismos à parte, é de uma busca incessante pela excelência que tudo isto se trata. Faço por isso este elogio às nossas Estrelas, também na esperança de que o Guia Michelin possa conhecer melhor e dar cada vez mais atenção à enorme diversidade da culinária/gastronomia portuguesa. Para mim, estas serão sempre as Estrelas mais brilhantes da constelação Michelin.
Até á próxima Gala, e como dizia Theodore Roosevelt vamos “manter os olhos nas estrelas e os pés no chão”.