Procuradora fica no caso contra Trump
Um juiz da Geórgia rejeitou o pedido para afastar a procuradora Fani Willis do processo no qual o ex-presidente Donald Trump é acusado de tentar reverter o resultado das eleições de 2020 naquele estado. O juiz Scott McAfee apenas estipulou como condição que o advogado que Willis contratou para liderar o caso, Nathan Wade, com o qual teve uma relação amorosa, se tinha que demitir. O que aconteceu horas depois.
“Apresento a minha demissão no interesse da democracia, em dedicação ao público americano e para fazer avançar este caso o mais rapidamente possível”, disse Wade. Trump e os outros coarguidos do caso tinham tentado afastar a procuradora, alegando que ela tinha beneficiado da relação.
Os dois admitiram a ligação, mas alegaram que esta só começou depois de ele ter sido contratado. O juiz disse que Willis demonstrou um “tremendo lapso” de julgamento e falou numa “aparência significativa de impropriedade”. Mas disse que não ficou provado que houvesse conflito de interesse.
O candidato republicano declarou-se “não culpado” em agosto na acusação de conspiração para reverter o resultado eleitoral na Georgia, onde Joe Biden ganhou por apenas 12 mil votos. A procuradora queria que o julgamento começasse a 5 de agosto, três meses antes das presidenciais, mas o juiz ainda não marcou uma data.
O julgamento deWashington, de conspiração para reverter o resultado das eleições a nível nacional, estava marcado para 4 de março, mas está suspenso à espera da decisão do Supremo Tribunal sobre a imunidade do então presidente – os argumentos são ouvidos a 25 de abril. O julgamento em Nova Iorque, sobre falsificação de documentos para permitir pagar o silêncio a uma ex-estrela porno, ia começar a 25 de março, mas foi adiado 30 dias para se analisarem novas provas.