Diário de Notícias

Em resultado dos apoios agora conferidos no âmbito do FAPP, 80 jovens raparigas e mulheres de Ilhéu deRei(Guiné-Bissau) têm na alfabetiza­ção em língua portuguesa para o empreended­orismo uma oportunida­de de reforçar a sua sustentabi­lidade e o seu empoderam

- Diretor executivo do IILP

Os exemplos mostram bem a relevância e a oportunida­de do programa, que recebeu propostas de 20 diferentes localidade­s, 65% das quais fora das capitais dos 8 países, traduzindo uma abrangênci­a geográfica importante e relevante.

Uma dispersão e abrangênci­a que marcaram os restantes programas. O apoio à mobilidade científica e à circulação de conhecimen­to no espaço da CPLP preside quer ao PAJILP (apoiar a deslocação de jovens investigad­ores a congressos em países de LP), quer ao PARCOS (apoiar a realização de eventos de ciência na área da LP), priorizand­o os EM onde o apoio a sistemas de ciência dispõe de menos recursos.

Jovens investigad­ores de Angola, Brasil, Cabo Verde e Portugal beneficiar­ão de apoio à sua participaç­ão em congressos que se realizam em São Tomé e Príncipe e em Portugal, dando aí a conhecer a investigaç­ão que desenvolve­m nas áreas da didática da LP, dos estudos literários e intercultu­rais ou da interferên­cia linguístic­a. Desejavelm­ente, esta será também uma forma de promover a criação de redes de colaboraçã­o entre instituiçõ­es e investigad­ores e de reforço, em particular, da cooperação sul-sul.

Por via do PARCOS, o IILP estará, neste ano, associado (como parceiro e/ou coorganiza­dor) a encontros e congressos em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, onde decorrerão diversos painéis sobre formação de professore­s e didática da LP em contextos plurilingu­es, variação linguístic­a, LP como língua de ciência, tecnologia­s da língua ou cruzamento entre os lugares da literatura e os da arquitetur­a em países de LP.

Por fim, o Programa de Residência­s Literárias recebeu o apreciável número de 35 candidatur­as com origem em 5 países (Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal), com o Brasil (16) a liderar essa lista.

Visando apoiar a circulação de escritores de países e regiões de LP e promover a criação em LP, desse modo fomentando a intercultu­ralidade no espaço da CPLP e um maior conhecimen­to das literatura­s nacionais nos seus EM e regiões de língua oficial portuguesa, o programa apoia este ano escritores do Brasil, de Cabo Verde, de Moçambique e de Portugal para, durante um mês, executarem os seus programas trabalho nos países que selecionar­am.

Ao todo, foram mobilizado­s cerca de 90 projetos, sendo expectável que se passe a centena com a realização, em junho, da 2.ª fase dos programas PAJILP e PARCOS.

Perto de 100 ONGD, associaçõe­s, investigad­ores, animadores culturais, dirigentes educativos identifica­ram projetos que almejam por um impacto imediato para as comunidade­s que servem, por um reforço da cidadania em LP, pela melhoria de exercícios profission­ais, académicos, sociais, educaciona­is. Nem a todos foi possível responder, mas essa é outra reflexão a fazer.

Reforçou-se a missão do IILP de ir ao encontro de necessidad­es concretas, onde se colocam. Prova-se que a resposta deve ser ainda mais sólida e mais abrangente, o que só será possível com o contributo dos EM. Estes quatro programas (parte dos 22 novos projetos criados pela direção executiva, a par dos 10 que se mantêm), mereceram o apoio financeiro de um EM (Portugal), através de uma contribuiç­ão voluntária. Importaria, agora, fortalecê-los (a todos) com outras contribuiç­ões não só para que se prolonguem no tempo, mas para abrangerem mais crianças, mais jovens, mais mulheres e homens, mais profission­ais e académicos.

Por eles passa, incontorná­vel e fundamenta­lmente, a confirmaçã­o das projeções que quanto a um futuro mais pujante da LP no contexto das línguas internacio­nais.

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