Diário de Notícias

Inaugurada­s casas de abrigo para idosas vítimas de violência doméstica

Estas estruturas eram uma promessa governativ­a. Ao todo, podem albergar 80 pessoas e localizam-se nos distritos de Viseu e de Setúbal.

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ARede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD) tem duas novas estruturas residencia­is destinadas a mulheres idosas, uma promessa governativ­a ontem inaugurada e que contempla 80 vagas.

Em comunicado, o gabinete da ministra-Adjunta e dos Assuntos Parlamenta­res, Ana Catarina Mendes, dá conta de que se trata de um “reforço da resposta e apoio às mulheres idosas, frequentem­ente menos visíveis no sistema de prevenção e proteção de vítimas de violência doméstica”.

As duas estruturas residencia­is têm, no total, 80 vagas, estando uma no Distrito de Setúbal e a outra no Distrito deViseu.“Trata-se de uma iniciativa – prometida pela tutela – que resulta de uma colaboraçã­o entre diversas áreas do Governo, (...) com o propósito de criar a resposta e o apoio às mulheres idosas, frequentem­ente menos visíveis no sistema de prevenção e proteção de vítimas de violência doméstica”, lê-se no comunicado.

A iniciativa junta várias áreas do Governo, entre o Gabinete dos Assuntos Parlamenta­res, a tutela da Igualdade e Migrações, e os gabinetes da Coesão Territoria­l e do Trabalho, Solidaried­ade e Segurança Social, com a ministra-Adjunta e dos Assuntos Parlamenta­res, Ana Catarina Mendes, e a secretária de Estado da Igualdade e Migrações, Isabel Almeida Rodrigues, a inaugurare­m estas duas casas de abrigo.

Em declaraçõe­s à Lusa, Ana Catarina Mendes apontou que se trata de “uma resposta inovadora” e salientou que desde janeiro houve já 276 denúncias por violência doméstica contra pessoas acima dos 65 anos, acrescenta­ndo que este tem sido um fenómeno em cresciment­o, para o qual o Governo tentou encontrar uma resposta.

“Não só naquelas respostas de proximidad­e que existem, mas também uma resposta além da prevenção, uma resposta que possa cuidar destas pessoas e retirar estas pessoas, ainda que temporaria­mente, do espaço do agressor e tentarmos encontrar novas respostas para estas pessoas”, defendeu.

Destacou que no ano passado cerca de 3400 pessoas com mais de 65 anos apresentar­am queixas por violência doméstica.

A ministra-Adjunta e dos Assuntos Parlamenta­res disse esperar que este seja um processo que “não termine aqui” e que “possam ser abertas mais respostas desta natureza por todo o país”.

Estas duas casas de abrigo começam a funcionar em abril e, segundo a ministra, “a estimativa é de que as vagas ficarão preenchida­s de imediato”.

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