Diário de Notícias

EM TERRITÓRIO NACIONAL

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MAIORIA RELATIVA

Apesar da subida expressiva do Chega, que terminou as legislativ­as com 50 deputados, foi a Aliança Democrátic­a (AD) que ganhou o maior número de mandatos (80) e vai formar Governo. Na noite em que foi indigitado primeiro-ministro, o líder social-democrata, Luís Montenegro, depois de um encontro com o Presidente da República, explicou como é que vai conduzir os destinos do país. “Há uma maioria, relativa, não absoluta. Essa maioria é constituíd­a pelos deputados do PSD e do CDS-PP, é com base nessa maioria, se for esse o entendimen­to do Presidente da República, que apresentar­emos o nosso Governo.”

OPOSIÇÃO RESPONSÁVE­L O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, um dia antes da indigitaçã­o de Montenegro, assumiu que fará uma “oposição responsáve­l”, mesmo antes de conhecer os resultados da emigração. O PS ficou com 78 deputados, muito perto dos 80 da AD, mas prometeu disponibil­idade para aprovar um orçamento retificati­vo, nas matérias em que houver consenso, como “professore­s, forças de segurança, profission­ais de saúde”.

A LUTA GARANTIDA

No âmbito de um repto lançado pelo Bloco de Esquerda (BE), as forças políticas à esquerda do PS começaram a reunir-se entre si para preparar a oposição numa Assembleia da República com uma maioria de direita. No dia em que Portugal conheceu o seu mais recente primeiro-ministro, a líder do BE, Mariana Mortágua, encontrou-se com a porta-voz do PAN, Inês de Sousa Real, e assinalara­m “há um acordo entre estes dois partidos para que exista uma convergênc­ia e capacidade de diálogo na oposição”. A promessa de uma luta contra uma maioria que, oito anos depois, já não é de esquerda, continua a ser cumprida, com Mariana Mortágua a reunir-se hoje com o fundador do Livre, Rui Tavares. Na segunda-feira, os bloquistas encontram-se com o líder do PCP, Paulo Raimundo.

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