Diário de Notícias

GP de Portugal mais verde e com invasão de pista no final

Só Pecco Bagnaia, Fabio Quartararo e Miguel Oliveira sabem como é vencer em Portimão, onde são esperadas 180 mil pessoas.

- I.A.

Osorteio de uma mota (Yamaha R7) e de alguns capacetes, bem como uma invasão da pista no final da corrida, para que o público possa partilhar a corrida e estar mais perto dos pilotos, são algumas das novidades do 20.º GP de Portugal que arranca hoje (treinos e prova no domingo). E Paulo Pinheiro, CEO da Parkalgar, que gere o Autódromo Internacio­nal do Algarve, gostaria de festejar os 100 anos da cidade de Portimão, os 75 do MotoGP e os 15 do autódromo com uma vitória de Miguel Oliveira, um dos três pilotos que venceram em Portimão no Mundial de MotoGP.

O português, agora na Trackhouse, foi o primeiro a estrear o pódio algarvio, em 2020, ano do regresso da prova a Portugal. Desde então, apenas Fabio Quartararo (Yamaha) e Francesco “Pecco” Bagnaia (Ducati) venceram em Portimão – duas vezes cada um. O circuito algarvio recebe a segunda das 21 provas do Mundial 2024, que arrancou no Qatar há duas semanas com a vitória de Bagnaia (Ducati), bicampeão em título. Marc Márquez regressa a uma pista onde nunca venceu e onde, este ano, pode esperar uma receção pouco calorosa depois de ter abalroado Miguel Oliveira no ano passado e frustrado as expectativ­as de milhares de adeptos.

Entre as novidades deste ano está a forte aposta na sustentabi­lidade. “Queremos não só ser o melhor e mais sustentáve­l Grande Prémio do campeonato, mas também assumir responsabi­lidades na construção de um mundo mais sustentáve­l”, disse ao DN Paulo Pinheiro, que espera receber 180 mil adeptos no circuito até domingo, mais 50 mil do que no ano passado.

O gestor do autódromo espera o “envolvimen­to de stakeholde­rs internos e externos” na realização de um evento mais ecológico, de forma a atingir a certificaç­ão ISO 20121. Para isso irão ser colocadas em prática 12 medidas ambientais – que serão auditadas, numa parceria com a Sociedade Inovação Ambiental – tanto no interior como no exterior do circuito, incluindo a instalação de mais painéis solares capazes de gerar até 250 kW de energia. E ainda a utilização obrigatóri­a de scooters elétricas no paddock onde circulam cerca de sete mil pessoas, reciclagem de pneus usados, controlo e redução do consumo de água no paddock, aproveitan­do a água residual e reciclada para, por exemplo, rega das zonas verdes, além de doação de alimentos não utilizados.

O autódromo já é totalmente independen­te em termos de energia elétrica, que é obtida a partir de fontes renováveis, e tem um acordo com a Repsol para o uso de combustíve­l com elevada percentage­m de composto sintético, além de ter um programa de aproveitam­ento das águas residuais e pluviais e recolha de óleos.

Cumprir critérios ambientais e de comércio justo, bem como a defesa dos direitos humanos e laborais fazem parte do compromiss­o que o autódromo assumiu com a DORNA, empresa dona dos direitos do MotoGP, e a Federação Internacio­nal de Motociclis­mo, dirigida pelo português Jorge Viegas.

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As motas voltam a rodar hoje no circuito de Portimão.

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