Diário de Notícias

Novo bairro social e hospital em Cascais

- TEXTO ISABEL LARANJO

O chefe de Estado, Américo Thomaz, foi a Cascais inaugurar um bairro de casas de renda económica e as novas instalaçõe­s do hospital. Lá fora, Kissinger passava pela Alemanha a caminho de Moscovo. Um grande acidente destruiu dois camiões.

OEstado Novo continuava a mostrar obra feita. Desta vez, um bairro de casas de renda económica em Cascais e as novas instalaçõe­s do hospital distrital, na mesma vila, nos arredores de Lisboa. O Presidente, Américo Thomaz, presidiu às cerimónias de inauguraçã­o. “O chefe de Estado, apesar do mau tempo que ontem se fez sentir, percorreu as ruas do novo bairro de casas de renda económica de Cascais, que inaugurou oficialmen­te”, podia ler-se. “O almirante Américo Thomaz também presidiu ao ato inaugural das novas instalaçõe­s do hospital da Cidadela”. Houve pompa e circunstân­cia, com vários elementos do governo e outras individual­idades presentes nas cerimónias, onde também não faltou uma guarda de honra dos Bombeiros Voluntário­s de Cascais.

Neste dia dava-se conta de que o presidente francês, Pompidou, havia cancelado a ida a um banquete por, de novo, se ter sentido mal. Ao mesmo tempo, o norte-americano Henry Kissinger preparava-se para viajar para Moscovo, com paragem em Bona, capital da República Federal da Alemanha, para conversaçõ­es com o seu homólogo alemão,

Walter Scheel. Em causa estavam divergênci­as entre os Estados Unidos e a Europa Ocidental.

Depois do atentado contra a princesa Ana, as medidas de segurança foram reforçadas em torno da família real britânica. “Um autêntico ‘anel de aço’ para defender a família real britânica”, titulava o DN, junto a uma fotografia que mostrava a rainha ao regressar de uma viagem à Indonésia. “Excecionai­s medidas de segurança no regresso da rainha Isabel II” e “A princesa Ana encontra-se com os pais em Windsor” eram os pós-títulos desta notícia, em grande evidência na primeira página do DN.

O estadista alemão Franz Joseph-Strauss encontrava-se em Lisboa e fez declaraçõe­s exclusivas ao DN. “Nos começos de 1973, afirmou-se de um lado e outro do Atlântico que esse seria o ‘ano da Europa’. Afinal, pode bem dizer-se que foi o ‘ano da União Soviética’. Ratificou-se o tratado entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, por exemplo, o que implicou o reconhecim­ento das duas Alemanhas.”

À entrada de Castelo Branco um grande desastre fez explodir dois camiões. Um transporta­va explosivos para as minas da Panasqueir­a.

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