Novo bairro social e hospital em Cascais
O chefe de Estado, Américo Thomaz, foi a Cascais inaugurar um bairro de casas de renda económica e as novas instalações do hospital. Lá fora, Kissinger passava pela Alemanha a caminho de Moscovo. Um grande acidente destruiu dois camiões.
OEstado Novo continuava a mostrar obra feita. Desta vez, um bairro de casas de renda económica em Cascais e as novas instalações do hospital distrital, na mesma vila, nos arredores de Lisboa. O Presidente, Américo Thomaz, presidiu às cerimónias de inauguração. “O chefe de Estado, apesar do mau tempo que ontem se fez sentir, percorreu as ruas do novo bairro de casas de renda económica de Cascais, que inaugurou oficialmente”, podia ler-se. “O almirante Américo Thomaz também presidiu ao ato inaugural das novas instalações do hospital da Cidadela”. Houve pompa e circunstância, com vários elementos do governo e outras individualidades presentes nas cerimónias, onde também não faltou uma guarda de honra dos Bombeiros Voluntários de Cascais.
Neste dia dava-se conta de que o presidente francês, Pompidou, havia cancelado a ida a um banquete por, de novo, se ter sentido mal. Ao mesmo tempo, o norte-americano Henry Kissinger preparava-se para viajar para Moscovo, com paragem em Bona, capital da República Federal da Alemanha, para conversações com o seu homólogo alemão,
Walter Scheel. Em causa estavam divergências entre os Estados Unidos e a Europa Ocidental.
Depois do atentado contra a princesa Ana, as medidas de segurança foram reforçadas em torno da família real britânica. “Um autêntico ‘anel de aço’ para defender a família real britânica”, titulava o DN, junto a uma fotografia que mostrava a rainha ao regressar de uma viagem à Indonésia. “Excecionais medidas de segurança no regresso da rainha Isabel II” e “A princesa Ana encontra-se com os pais em Windsor” eram os pós-títulos desta notícia, em grande evidência na primeira página do DN.
O estadista alemão Franz Joseph-Strauss encontrava-se em Lisboa e fez declarações exclusivas ao DN. “Nos começos de 1973, afirmou-se de um lado e outro do Atlântico que esse seria o ‘ano da Europa’. Afinal, pode bem dizer-se que foi o ‘ano da União Soviética’. Ratificou-se o tratado entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental, por exemplo, o que implicou o reconhecimento das duas Alemanhas.”
À entrada de Castelo Branco um grande desastre fez explodir dois camiões. Um transportava explosivos para as minas da Panasqueira.