Os dias magníficos de Dany Mota, o Ronaldo do Entella
Avançado nasceu no Luxemburgo, mas fez carreira em Itália e promete dar o máximo para ser opção no jogo com a Eslovénia. Diogo Costa voltou a falhar o treino da seleção, o primeiro de preparação para a Eslovénia, depois de já ter falhado o jogo com a Suéc
I “mpressionado” com o ambiente na seleção, Dany Mota não podia estar mais feliz com a chamada de Roberto Martínez para o jogo de preparação do Euro2024, com a Eslovénia, na terça-feira, em Ljubljana. “Têm sido dias magníficos. Desde que aqui estou que tem sido um sonho. Estou a desfrutar ao máximo. Cá estarei para dar o máximo e ser opção para o próximo jogo”, confessou o avançado do AC Monza.
Filho de emigrantes portugueses no Luxemburgo e nascido em Niederkorn, Dany Mota deu os primeiros passos num clube local, o SC Pétange, antes de se mudar para o Virtus Entella, clube italiano onde progrediu até chamar a atenção da Juventus. Contratado com 22 anos, não conseguiu um lugar fixo entre as estrelas de Turim e foi emprestado ao AC Monza, então na série C, ajudando depois o novo clube de Silvio Berlusconi a chegar à Série A do Calcio, onde agora joga.
A chamada à seleção A surpreende, apesar do seu passado de Sub-21. “Sonhava com isto desde criança. Queria agradecer a todas as pessoas que estiveram do meu lado e que sempre acreditaram em mim”, disse o jogador de 25 anos, nitidamente envergonhado no papel de protagonista na sala de Imprensa, na Cidade do Futebol.
Como Monza fica perto de Milão conhece bem o avançado do AC Milan, Rafael Leão... e é com ele que interage mais na seleção, mas todos o receberam bem. “Desde o primeiro dia foram top comigo.”
Quando jogava no Virtus Entella, emblema de Chiavari (região da Ligúria), a nacionalidade portuguesa e o estilo de jogar valeram-lhe a alcunha de “Ronaldo do Entella”. Comparações desproporcionais à parte, ele é o Dany Mota e o Cristiano Ronaldo é... o Cristiano Ronaldo: “O Cristiano é um ídolo para todos e eu não sou diferente. É o meu ídolo e é sempre bom ouvir isso, mas só quero fazer a minha carreira.” Já conhecia CR7 desde os tempos em que ambos eram da Juventus e o reencontro na seleção foi “emocionante”, disse.
Para Dany Mota, ser convocado, jogando no AC Monza é fruto do trabalho: “Todos os jogadores que não jogam nas maiores equipas, não têm de desistir, é continuar a trabalhar. Quando trabalhas e fazes as coisas de maneira correta e a 100%, há um retorno. Trabalhem.”
E se Roberto Martínez o chamou é porque ele tem algo a dar à seleção: “Acho que foi por eu ser um jogador que joga em várias posições. Posso ajudar o grupo e o mister. Pode ser essa a diferença. Acho que foi por aí, por isso e para ver as qualidades que tenho, aquilo que posso acrescentar. Daqui até terça-feira vou mostrar o meu melhor.”
Ao lado de Dany Mota esteve Diogo Dalot, que elogiou a “estratégia bastante inteligente” de Roberto Martínez, que chamou 32 jogadores para os dois encontros de preparação para o Euro2024. “Dividir o estágio em dois ou três grupos deu-nos uns dias para descansar e até para fugir à rotina entre jogos e treinos e podermos estar um bocadinho com a família. Abriu a porta para muitos jogadores estarem aqui pela primeira vez. Foi algo inteligente”, disse o lateral do Manchester United, antes do treino .
Martínez teve 23 jogadores, incluindo Cristiano Ronaldo, à disposição na sessão de preparação do duelo com a Eslovénia, mas ainda não contou com Diogo Costa, que falhou o jogo com a Suécia devido a lesão.