Visita oficial de Kissinger a Moscovo
Em plena Guerra Fria, as duas maiores potências mundiais, que representavam Leste e Oeste, encontravam-se em Moscovo, capital da União Soviética. “Kissinger chegou a Moscovo para conversações sobre problemas em suspenso entre os Estados Unidos e a U.R.S.S.”, podia ler-se em título, na primeira página do DN, há 50 anos. “Aos jornalistas que o aguardavam no aeroporto confirmou que discutiria com as autoridades soviéticas a data da projetada visita do presidente Nixon a Moscovo em junho”, noticiava o DN. “Esperamos conseguir progressos concretos numa série de problemas em suspenso e concordamos que todos nós temos a obrigação de promover a paz em todos os pontos do globo”, disse Henry Kissinger aos jornalistas. À época discutia-se a perigosidade das armas nucleares. “A nossa atitude é que nenhum dos nossos dois países se aproveitará de qualquer situação mundial. O governo americano está convicto de que muita coisa importante depende das relações entre os Estados Unidos e a União Soviética”, declarou ainda o secretário de Estado americano Henry Kissinger.
No Médio Oriente continuava a tensão. “O Egito não assinará uma paz separada com Israel”, titulava o DN. As declarações eram do presidente egípcio, Sadate.
Aparentemente refeita do atentado de que fora alvo, a princesa Ana era destaque na primeira página do DN por ter ido a um festival hípico. “A princesa Ana e o capitão Mark Phillips apostaram nas corridas e ganharam”, titulava o DN, acompanhando uma fotografia onde o casal surgia muito sorridente. Após estas apostas bem-sucedidas, Ana e o marido foram ter com a rainha Isabel II. “A princesa Ana e o capitão Mark Phillips dirigiram-se esta noite para o Castelo de Windsor para relatar à rainha a tentativa de rapto que sofreram”, escrevia o DN. “O jovem casal fez a viagem para a residência real de campo no carro de desporto de Ana, depois de ter ganho 32,5 libras (cerca de 1900 escudos) nas corridas de cavalos de Cirencester.”
No Algarve, uma avioneta despenhou-se matando os quatro ocupantes. O DN mostrava ainda a fotografia dos dois camiões que tinham explodido no dia anterior, em Castelo Branco, completamente destruídos. “Dois camiões pulverizados” era o título.