EUA avisam Isreal: ataque a Rafah seria “um enorme erro”
dos EUA, Kamala Harris, garante que vai haver “consequências” para Israel se o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, avançar com o plano para uma incursão militar em Rafah, no Sul da Faixa de Gaza.
Em entrevista à ABC, Harris garantiu: “Fomos claros em várias conversações e de todas as maneiras ao dizer que seria um enorme erro qualquer operação militar” contra a localidade onde mais de 1,4 milhões de palestinianos se refugiaram dos bombardeamentos israelitas em retaliação pelo ataque do Hamas que a 7 de outubro fez mais de 1200 mortos em Israel.
Empurrados para Sul pelos ataques de Israel que já fizeram mais de 32 mil mortos, muitos palestinianos fugiram para Rafah, único local por onde a escassa ajuda humanitária ainda entra na Faixa de Gaza.
Questionada sobre a que consequências se estava a referir, Kamala Harris foi evasiva: “Vamos dar um passo de cada vez, mas fomos muito claros em termos da nossa perspetiva sobre se isso deve ou não acontecer”, acrescentando: “Não estou a excluir nada.”
Um dia depois de ter estado no Egito, junto à passagem para Rafah por onde os camiões entram em Gaza, António Guterres voltou a pedir a Israel que elimine os “obstáculos” à entrada de ajuda humanitária em Gaza e um cessar-fogo imediato, para acabar com o “pesadelo” depois de mais de cinco meses e meio de guerra.
Entretanto, o exército israelita informou ter detido 480 elementos do Hamas e da Jihad Islâmica, além de ter localizado “inúmeras armas e infraestruturas terroristas” no hospital de Shifa, na cidade de Gaza. “Só daremos por terminada esta operação quando o último terrorista estiver nas nossas mãos, vivo ou morto”, afirmou o comandante-chefe do Comando Sul do Exército de Israel, o major-general Yaron Finkelman.