Saúde de Paulo VI preocupa católicos
Há 50 anos, tal como hoje, a saúde do Sumo Pontífice era uma preocupação para o mundo católico. Naquela altura ocupava a principal cadeira do Vaticano o Papa Paulo, sexto de seu nome. Paulo VI está doente e não concede hoje a audiência semanal, podia ler-se, na primeira página do jornal, em notícia com grande destaque, no canto superior direito. A notícia chegava da Cidade do Vaticano: “Aumentou a preocupação geral sobre a saúde do Santo Padre, devido ao Vaticano ter anunciado que o dirigente espiritual dos 600 milhões de católicos espalhados por todo o mundo se encontra doente pela segunda vez, durante o corrente mês.”
Paulo VI, que acabaria por falecer quatro anos depois, em agosto de 1978, aos 80 anos, tinha sido, no início de março de 74, acometido por uma gripe o seu estado de saúde, no final do mês, continuava a provocar preocupação. “No princípio de março, o Sumo Pontífice padeceu uma gripe de tipo benigno. A declaração do Vaticano não especifica a natureza da nova doença de Sua Santidade, mas certa fonte informativa disse que o Papa sofre de um ataque de artrose aguda, doença bastante dolorosa nas articulações”. Um mal que vinha de longe. (...) Paulo VI foi sempre fisicamente fraco desde a juventude, sendo incomodado pela artrose há já bastante tempo”.
Em Moscovo, Henry Kissinger continuava a sua visita oficial e conversações com o líder soviético Leonid Brejnev. Só que a conversa agora começava a azedar, com o Médio Oriente a estar em cima da mesa. Kissinger em Moscovo; Começaram as dificuldades com o início das conversações sobre o Médio Oriente, titulava o DN. A notícia dava conta: “(...) Rodeados pelos seus conselheiros, falaram durante três horas e meia, de manhã. Depois de um intervalo de algumas horas, as conversações começaram às 17 horas locais. (...) a discussão do problema do Médio Oriente foi iniciada.”
Do Ultramar chegavam notícias da guerra.“Dois terroristas de nacionalidade cubana abatidos por tropas especiais africanas ao tentarem infiltrar-se em território português”. Aconteceu na Guiné e, além dos dois homens mortos, foi apreendido diverso material de guerra.
Entretanto, o presidente francês Georges Pompidou retomava as suas atividades.