Governo aprovou promoção de 2374 efetivos na PSP
Estas promoções do executivo cessante são acompanhadas de aumentos salariais. Guarda prisionais querem reunião com nova ministra.
OGoverno cessante aprovou a promoção ao posto imediato de 2374 polícias da Polícia de Segurança Pública (PSP). Segundo um comunicado enviado pelo Ministério da Administração Interna às redações, a decisão dos Ministérios da Presidência, Administração Interna e Finanças abrange 204 oficiais (desde subcomissário a superintendente-chefe), 900 chefes (desde chefe-principal a chefecoordenador) e 1270 agentes (desde agente principal a agente coordenador).
As promoções são acompanhadas de aumentos salariais. “Estas promoções são necessárias para o preenchimento de lugares e cargos por polícias com o posto que legalmente lhes corresponde em função do respetivo grau de responsabilidade e competências associadas”, indica a mesma nota.
Estas promoções acontecem anualmente nas forças de segurança e também este mês de março o MAI autorizou a promoção de 1.800 militares da Guarda Nacional Republicana.
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, entretanto, exigiu ontem uma reunião com a nova ministra da Justiça até ao final de abril, considerando ser urgente discutir a atual situação dos serviços prisionais “antes que aconteça uma catástrofe”.
“Temos que falar seriamente dos serviços prisionais antes que uma catástrofe aconteça e nós depositamos confiança para já neste novo Executivo e na senhora ministra”, disse à Lusa o dirigente Frederico Morais.
O sindicalista avançou que a reunião com a nova ministra tem que ocorrer “com maior brevidade possível”, estabelecendo como prazo o fim de abril, uma vez que é importante expor “os graves problemas” do sistema prisional, nomeadamente falta de segurança, de efetivos, valorização salarial e a atribuição de um suplemento de missão equivalente ao da Polícia Judiciária.
“Faltam cerca de 1500 guardas prisionais e se não criarmos atratividade, podem abrir os concursos que quiserem, que ninguém vem para a carreira”, disse, relembrando as agressões que os guardas prisionais têm sido alvo nos últimos meses por parte dos reclusos.