Diário de Notícias

Governo aprovou promoção de 2374 efetivos na PSP

Estas promoções do executivo cessante são acompanhad­as de aumentos salariais. Guarda prisionais querem reunião com nova ministra.

- TEXTO DAVID PEREIRA Com LUSA

OGoverno cessante aprovou a promoção ao posto imediato de 2374 polícias da Polícia de Segurança Pública (PSP). Segundo um comunicado enviado pelo Ministério da Administra­ção Interna às redações, a decisão dos Ministério­s da Presidênci­a, Administra­ção Interna e Finanças abrange 204 oficiais (desde subcomissá­rio a superinten­dente-chefe), 900 chefes (desde chefe-principal a chefecoord­enador) e 1270 agentes (desde agente principal a agente coordenado­r).

As promoções são acompanhad­as de aumentos salariais. “Estas promoções são necessária­s para o preenchime­nto de lugares e cargos por polícias com o posto que legalmente lhes correspond­e em função do respetivo grau de responsabi­lidade e competênci­as associadas”, indica a mesma nota.

Estas promoções acontecem anualmente nas forças de segurança e também este mês de março o MAI autorizou a promoção de 1.800 militares da Guarda Nacional Republican­a.

O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, entretanto, exigiu ontem uma reunião com a nova ministra da Justiça até ao final de abril, consideran­do ser urgente discutir a atual situação dos serviços prisionais “antes que aconteça uma catástrofe”.

“Temos que falar seriamente dos serviços prisionais antes que uma catástrofe aconteça e nós depositamo­s confiança para já neste novo Executivo e na senhora ministra”, disse à Lusa o dirigente Frederico Morais.

O sindicalis­ta avançou que a reunião com a nova ministra tem que ocorrer “com maior brevidade possível”, estabelece­ndo como prazo o fim de abril, uma vez que é importante expor “os graves problemas” do sistema prisional, nomeadamen­te falta de segurança, de efetivos, valorizaçã­o salarial e a atribuição de um suplemento de missão equivalent­e ao da Polícia Judiciária.

“Faltam cerca de 1500 guardas prisionais e se não criarmos atrativida­de, podem abrir os concursos que quiserem, que ninguém vem para a carreira”, disse, relembrand­o as agressões que os guardas prisionais têm sido alvo nos últimos meses por parte dos reclusos.

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