Diário de Notícias

Costa será investigad­o o “tempo que for necessário”

Processo da Operação Influencer passou do Supremo Tribunal de Justiça para o DCIAP.

- TEXTO VÍTOR MOITA CORDEIRO

Oprocesso que, de acordo com o próprio, levou o ex-primeiro-ministro, António Costa, a deixar o cargo e que precipitou a queda do Governo baixou ontem do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para o Departamen­to Central de Investigaç­ão e Ação Penal (DCIAP), consideran­do que o ex-chefe de Governo, na qualidade de cidadão, pode agora ser investigad­o em primeira instância.

Na qualidade de primeiro-ministro, António Costa só podia ser investigad­o pelo Supremo Tribunal de Justiça. Tendo em conta que em Portugal não há vazios legislativ­os e António Costa teve de se manter como primeiro-ministro até ter sido oficialmen­te substituíd­o por Luís Montenegro, o ex-governante teve de continuar a ser investigad­o na instância mais alta.

A notícia foi confirmada à Lusa pelo advogado de defesa de Antódurar nio Costa, João Lima Cluny, que adiantou que vai requerer uma notificaçã­o da decisão do Ministério Público (MP) junto do STJ, para poder avaliá-la.

A procurador­a-geral da República, Lucília Gago, também confirmou a mudança de instância no processo, mas avisou que esta investigaç­ão, que envolve outras figuras proeminent­es do Executivo anterior, que incide em negócios sobre hidrogénio e lítio, vai o tempo que for “necessário”.

“As investigaç­ões criminais tomam o tempo que é necessário para elas avançarem, naturalmen­te com a eficácia desejável, mas tomando o tempo que também é necessário para ultimar essas mesmas investigaç­ões. É tão simples como isso”, frisou a responsáve­l pelo MP depois da tomada de posse do novo presidente do Sindicato dos Magistrado­s do MP, Paulo Lona.

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António Costa, ex-primeiro-ministro.

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