249 salvamentos nas praias entre sexta-feira e domingo
Continuavam desaparecidas três pessoas em contexto balnear. Autoridade Marítima Nacional alerta para a agitação do mar nestes dias.
AAutoridade Marítima Nacional (AMN) fez um total de 249 salvamentos nas praias sob sua jurisdição entre sexta-feira e domingo, período em que se registou também o desaparecimento de três pessoas em contexto balnear, anunciou ontem a AMN ao final da tarde. “No último fim de semana, de 12 a 14 de abril, a Autoridade Marítima Nacional assistiu a uma grande afluência às praias portuguesas, registando-se, ao longo destes três dias, 249 salvamentos nas praias sob jurisdição da AMN”, pode ler-se em comunicado.
É também referido que neste período de subida das temperaturas e sol, ocorreu um quarto desaparecimento, fora de áreas balneares.
As autoridades marítimas continuavam, até ao final da tarde de ontem, envolvidas em diversas buscas por água e/ou terra devido a desaparecimentos durante o fim de semana em águas marítimas e fluviais: na Praia da Costa Nova, em Ílhavo, no Distrito de Aveiro; na Praia da Vieira, na Marinha Grande, Distrito de Leiria; no Rio Tejo, em Lisboa; e na Praia dos Salgueiros, em Vila Nova de Gaia, Distrito do Porto.
A AMN recomenda à população uma série de cuidados devido à continuação de bom tempo, lembrando que nesta época do ano ainda há “um mar de inverno” e “um risco elevado devido aos efeitos da agitação marítima”. Por sua vez, o presidente da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores (Fepons) defendeu que a época balnear “não se pode restringir somente ao verão” e preconizou um aumento da educação para a segurança aquática. Alexandre Tadeia reagiu desta forma às várias situações de afogamento registadas este fim de semana em praias portuguesas. “A primeira medida que se deve tomar é que a época balnear não se pode restringir apenas ao verão, tem que ser muito mais dinâmica tal como é a época de incêndios. Tem de ser todo o ano porque nós temos a utilização das praias durante todo o ano”, disse o responsável à Lusa.
Em 2020, através de um estudo, a Fepons conseguiu “correlacionar a subida da temperatura com a morte por afogamento”.