Diário de Notícias

Medicina. Estudantes querem mais apoios

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AAssociaçã­o Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) quer pôr na ordem do dia a discussão sobre os encargos “não-compartici­pados, mas obrigatóri­os”, associados à frequência do Ensino Superior por um estudante de Medicina, disse ontem a presidente, Rita Ribeiro. Em antecipaçã­o da ação Acessibili­dade não deve ser miragem!”, agendada para hoje, às 16.00 horas, na Faculdade de Medicina da Universida­de do Porto, Rita Ribeiro explicou à Lusa que a despesa associada ao estudo da Medicina “fica ainda mais dificultad­a” na fase do estágio clínico. Ou seja, quando os futuros jovens médicos estagiam em hospitais e/ou unidades de cuidados primários fora da área geográfica onde até aí estão.

“Os estágios curricular­es não se restringem aos hospitais nucleares. No Minho, em Lisboa e no Algarve as distâncias podem ascender aos 90 quilómetro­s. Às vezes ocorrem em localidade­s com poucos acessos ou poucas opções de transporte­s”, disse Rita Ribeiro. “E um estudante deslocado precisa, mensalment­e, e em média, de 545 euros para propina e habitação. Depois é tudo o resto”, referiu, usando um número obtido através das oito escolas médicas portuguesa­s públicas.

Para colocar este tema na ordem do dia, a ANEM marcou para hoje uma concentraç­ão de estudantes de Medicina que exigem melhor acessibili­dade ao Ensino Superior e convida outras associaçõe­s de outros cursos a juntarem-se.

“Esta iniciativa serve para marcar, de forma simbólica, o início de um debate que deve ser muito profundo sobre esta matéria. Queremos envolver as associaçõe­s académicas, as escolas médicas, mas também a tutela, através do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, os hospitais, as autarquias locais e/ou as comunidade­s intermunic­ipais ou as áreas metropolit­anas”, referiu.

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