Pedro Sánchez já pensa na reeleição
Depois de anunciar na segunda-feira que iria continuar à frente do Governo de Espanha, após cinco dias de reflexão para decidir o seu futuro, Pedro Sánchez revelou ontem, em entrevista à Cadena SER, estar “com disposição para estes três anos e os que os espanhóis quiserem, com o seu voto”, mostrando disponibilidade para um novo mandato.
“Desde logo se os espanhóis e o meu partido quiserem que continue o responsável e o líder do Partido Socialista, contanto que eu sinta vontade, convicções e ideias de transformação para o meu país, assim o farei”, sublinhou o também líder do PSOE.
Na última quarta-feira, depois de um tribunal de Madrid ter confirmado a abertura de um “inquérito preliminar” por alegado tráfico de influências e corrupção da sua mulher, Begoña Gómez , Sánchez disse estar a equacionar demitir-se da liderança do Governo e que iria refletir durante cinco dias, acabando por anunciar esta segunda-feira que iria manter-se no cargo. O que lhe valeu críticas da oposição, mas também dos independentistas da Catalunha, que viabilizaram a formação do seu Governo.
O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, esteve ontem reunido com os deputados e senadores do partido, tendo anunciado que os populares irão organizar novas manifestações contra Sánchez. “Voltaremos a encontrar-nos nas ruas, defendendo a liberdade”, referiu Feijóo. “Ele [Sánchez] quer um país que não lhe responda, mas não terá um.”
Os populares deram entrada com um requerimento para que o presidente do Governo compareça no Congresso, com Feijóo a deixar claro que, se Sánchez não aceitar, o fará comparecer no Senado (onde o PP tem maioria). “Dada a reiterada ausência de explicações, acabamos de registar um pedido de comparência do presidente”, disse.