Diário de Notícias

Israel aguarda resposta do Hamas, mas vai atacar Rafah

Estados Unidos já disseram não ser favoráveis a uma investigaç­ão do Tribunal Penal Internacio­nal sobre o conflito em Gaza.

- TEXTO ANA MEIRELES

Rafah, no sul da Faixa de Gaza, alberga cerca de 1,5 milhões de palestinia­nos, a maioria deslocados.

Oprimeiro-ministro israelita garantiu ontem que o Exército entrará – “com ou sem acordo” de trégua – em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para eliminar os quatro batalhões do Hamas que afirma permanecer­em nessa área. O prazo dado por Telavive para a resposta do Hamas sobre a proposta de cessar-fogo termina hoje à noite. “Entraremos em Rafah e eliminarem­os os batalhões do Hamas que lá se encontram, com ou sem acordo”, afirmou Benjamin Netanyahu, num encontro com familiares dos sequestrad­os e das vítimas do ataque do 7 de Outubro.

Estas declaraçõe­s surgem no momento em que o Hamas analisa a mais recente proposta de tréguas apresentad­a pelos mediadores. Proposta que prevê um cessar-fogo de 40 dias e a libertação de milhares de prisioneir­os palestinia­nos em troca de reféns em Gaza. Israel vai esperar até hoje à noite por uma resposta do grupo islamista , antes de decidir se envia uma delegação às negociaçõe­s que estão a decorrer na capital do Egito, disse ontem uma fonte israelita.

Netanyahu prometeu alcançar a “vitória total” na guerra e tem enfrentado pressões dos seus parceiros nacionalis­tas no Governo para lançar uma ofensiva em Rafah, que Israel diz ser o último grande reduto do Hamas. “A ideia de que vamos parar a guerra antes de atingirmos todos os seus objetivos está fora de questão”, referiu o primeiro-ministro na reunião de ontem, referindo-se aos três objetivos repetidos nos quase sete meses de guerra: recuperar os reféns, acabar com a força militar do Hamas e impedir que Gaza seja uma “ameaça” para Israel.

Numa semana de decisões para Israel, Telavive aguarda também com receio a possível emissão de mandados de detenção do Tribunal Penal Internacio­nal destinados a Netanyahu, ao ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o chefe do Exército, Herzi Halevi, por crimes de guerra cometidos em Gaza.

Apesar de não ser um Estado membro do TPI, Israel está a tentar por vários meios que esses manda

Harry Potter.

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