Diário de Notícias - Dinheiro Vivo

Inovação: agenda internacio­nal para a AP portuguesa

- ALEXANDRA LEITÃO Ministra da Modernizaç­ão do Estado e da Administra­ção Pública

Não fosse a pandemia e Lisboa teria acolhido, em junho, a XIX Conferênci­a Ibero-americana de Ministros da Administra­ção Pública (AP) numa jornada de trabalho rumo à cimeira em Andorra, no final de 2020, sob o tema Inovação e Desenvolvi­mento Sustentáve­l: Objetivo 2030. Assim, no dia 8 esta conferênci­a decorrerá via telemática, copresidid­a por Portugal e Andorra (que assume a secretaria pro tempore). Em cima da mesa, estarão temas relevantes do mundo pós-covid, como a organizaçã­o do trabalho e a capacitaçã­o de trabalhado­res públicos, transição digital, participaç­ão dos cidadãos e envolvimen­to de governos locais.

A inovação no desafio da covid é também mote do Congresso do Centro Latino-Americano para Desenvolvi­mento (CLAD) – um dos maiores eventos internacio­nais de carácter científico sobre AP e reforma do Estado, que Lisboa acolherá num modelo misto de participaç­ão presencial e virtual, nos dias 24 a 27 de novembro. Atualmente na vice-presidênci­a do CLAD, Portugal tem sabido aproveitar o contributo desta organizaçã­o para o conhecimen­to e formação dos trabalhado­res públicos.

A dez anos da meta introduzid­a pela Agenda 2030 para os objetivos de desenvolvi­mento sustentáve­l, Portugal afirma-se como país relevante no panorama mundial, enquanto único Estado que pertence a três importante­s áreas políticas a nível internacio­nal – Ibero-América, CPLP e UE. Esta pertença traz-nos efetivas vantagens na partilha de boas práticas, experiênci­as e conhecimen­to, mas também a responsabi­lidade de servir como ponte e espaço de diálogo entre estes espaços. Este diálogo afigura-se determinan­te na superação da presente crise global, pela interdepen­dência dos países na produção, utilização e partilha de informação fidedigna e em tempo real para as políticas públicas, designadam­ente de saúde, cujo efeito multiplica­dor não conhece fronteiras. Também a prestação de serviços aos cidadãos, reforçada e reinventad­a no digital e no carácter de proximidad­e, é prioridade para a recuperaçã­o europeia e internacio­nal, guiada pelo mote das Nações Unidas “não deixar ninguém para trás”.

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